Ferrari estuda ação caso seja punida por ordem de equipe
23/08/10, 13:37
Faltando pouco mais de duas semanas para o julgamento da Ferrari no conselho Mundial do Automobilismo
devido ao polêmico jogo de equipe envolvendo Fernando Alonso e Felipe
Massa no GP da Alemanha, a equipe italiana elevou o tom e ameaçou entrar
na justiça comum com uma ação civil, caso venha a ser punida pela
entidade.É o que diz o diário italiano "La
Gazzetta dello Sport". De acordo com o periódico, a Ferrari, se
condenada, usaria a mesma tática adotada por Flavio Briatore, quando o
ex-chefe de equipe da Renault foi banido do esporte
após o escândalo de Cingapura em 2008, no qual estiveram envolvidos
Nelsinho Piquet e novamente, Fernando Alonso. Briatore foi vitorioso na
ação civil movida contra a entidade e foi autorizado a voltar à F1 em 2013.
Getty Images
Entretanto,
de forma oficial, a Ferrari não comenta os novos rumos jurídicos que a
situação controversa causada em Hockenheim pode causar. “Nesse tipo de
situação, a melhor política é respeitar e confiar no mais alto nível da
entidade que rege o esporte”, informou a equipe.O jornal revelou
que a defesa do time de Maranello dirá que a suposta ordem de Rob
Smedley — engenheiro de corrida de Massa — para deixar que o espanhol
tomasse a ponta e vencesse na Alemanha, na verdade foi uma explicação da
situação do piloto brasileiro na prova, que, de acordo com a cúpula da
escuderia, estava mais lento que Alonso. Além disso, a Ferrari tentará a
liberação das ordens de equipe, desde que não tenham impacto nas
corridas das rivais.Mas
o ex-presidente da FIA, Max Mosley entende que, embora o jogo de equipe
seja interessante do ponto de vista dos times, a manobra é condenável
pelos telespectadores, que garantem a audiência que é responsável por
manter a sustentabilidade financeira da categoria. “A maioria
dos times estão pedindo a retirada das ordens de equipe, o que posso
entender, porque é de seu interesse”, declarou o antecessor de Jean Todt
ao periódico alemão "Welt am Sonntag" no último domingo (22).“Mas
se nós estamos para satisfazer as necessidades do público, que são
milhões assistindo às corridas ao redor do mundo, e que ultimamente tem
bancado o esporte, então temos de manter a proibição”, completou Mosley.Fonte: IG