O Presidente da Associação dos Policiais Militares do Estado do Piauí (AMEPI), capitão Evandro Rodrigues da Silva, foi detido no início da tarde de hoje (04). De acordo com a esposa do policial, Liana Rodrigues, ele se apresentou voluntariamente a sede da cavalaria da Polícia Militar. O motivo da prisão seria a transgressão ao código penal militar, desobediência e tentativa de motim. No último dia 30 de setembro, capitão Evandro chegou a receber voz de prisão do comandante geral da Polícia Militar do Piauí, coronel Francisco Prado, por iniciar um tumulto durante o embarque dos policiais que fariam o reforço da segurança em alguns municípios do interior do Estado, durante as eleições.Leia tambémTumulto atrasa embarque de PMs para as eleições Liana Rodrigues acredita que a detenção de seu marido se deve às lutas de Evandro Rodrigues a frente da AMEPI. "Ele já teve vários embates com o comando em busca de melhorias para a classe dele", explica. O advogado Nazareno Thé aguarda que a PM conclua a autuação do capitão em flagrante para requerer na Justiça sua soltura imediata. "Vamos mostrar que não houve flagrante. Nunca existiu perseguição. Tanto que ele teve de ir a Piripiri no fim de semana e lá se apresentou ao comandante do batalhão", diz. Para a defesa, a detenção sem o flagrante configurado é irregular, e independe do código penal militar.O caso foi levado ao conhecimento da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), secção Piauí. De acordo com o presidente da comissão, Lúcio Tadeu Ribeiro dos Santos, por determinação do presidente Sigifroi Moreno Filho, a entidade acompanhará o caso. "A OAB não vai entrar no mérito penal, mas vamos defender que seja respeitada a prerrogativa do policial militar", afirma. O comandante geral da PM, coronel Francisco Prado, foi procurado pela equipe do Cidadeverde.com, mas não quis se pronunciar sobre o assunto.Mônica Santos (Especial para o Cidadeverde.com)Fábio Lima e Yala Senaredacao@cidadeverde.com