Presos tentam fuga em massa e incendeiam presídio no Piauí

A rebelião no presídio regional de Esperantina (174 km de Teresina), na noite desta quarta-feira (3), encerrou agora há pouco (às 20h), após três horas de motim.  O diretor do presídio, capitão Costa Neto, informou ao Cidadeverde.com que a rebelião foi contida e os presos serão transferidos para outro local. O capitão disse ainda que a revolta dos detentos tiveram início durante o jantar, quando um deles se recusou a ir para cela de isolamento. “Dois presos deixaram o cadeado aberto e se recusaram a ir para a triagem e a cela de isolamento. Porém, o motim foi contido”, garantiu o diretor. O motim ocorreu no pavilhão “C” com 69 presos.  Atualizada às 19 horas Detentos do presídio Regional Luiz Gonzaga Rebelo, no município de Esperantina, a 174 km de Teresina, iniciaram uma rebelião na noite desta quarta-feira (3). Os presos tentaram uma fuga em massa, mas foi sustada pelos agentes penitenciários. O delegado Gregório Neto, que está no local, informou que os presos atearam fogo nos colchões e estão tentando atravessar para o outro pavilhão. O motim ocorreu no pavilhão “C” onde existem 69 presos. Os presidiários denunciam a superlotação e maus tratos. O delegado informou ainda que o juiz da cidade também está no local para negociar com os presos. Eles arrancaram as grades e estão ameaçando os agentes. Muita fumaça e gritos, segundo o delegado. Segundo a secretária de Justiça, Cléia Maia, a frustração da fuga gerou um princípio de revolta, que não prosperou. Alguns dos presos ainda iniciaram um quebra-quebra na área das celas e queimaram alguns colchões. A revolta foi contida a partir da presença dos próprios administradores do presídio e de autoridades locais, como o juiz de Direito e o Delegado.   PLANO DE FUGA Os detentos do presídio de Esperantina tinham programado a fuga em massa para o final da tarde, exatamente no momento em que seria servida a última refeição e efetivado o confinamento nas celas. O objetivo era provocar uma saída a um só tempo. Mas a sincronia não aconteceu, alguns detentos saindo das celas antes dos outros e, assim, despertando a atenção dos agentes penitenciários.   Ao perceberem que algo estava errado, os funcionários fecharam as grades de acesso à área de confinamento, frustrando o plano de fuga. Diante do fiasco, a maior parte dos detentos se revoltou, provocando um princípio de quebra-quebra e incendiando colchões.   A Polícia Militar foi acionada imediatamente. Também um profissional especializado em negociações em caso de motim foi enviado para Esperantina, mas nem ainda não precisou entrar em ação, já que a revolta está contida, conforme revelou a secretária Céia Maia.   ASSALTO De acordo com avaliação da Polícia Militar, o plano de fuga foi acionado hoje em razão do assalto à agência do Banco do Brasil em Luzilândia. Possivelmente os detentos foram informados do assalto e do deslocamento de parte do contingente policial da região para Luzilândia, o que facilitaria a reação à fuga. Flash Yala Sena redacao@cidadeverde.com