Professores querem novo vestibular com características do Enem e Psiu

Os professores Fernando Santos (Gramática), Cláudio Nunes (História) e Ramon Arantes (Literatura) avaliaram o terceiro dia de provas do Programa Seriado de Ingresso na Universidade (Psiu) durante debate no Jornal do Piauí desta terça-feira (14). Na oportunidade, os docentes defenderam um novo tipo de vestibular, com característica entre Enem e Psiu.Fotos: Thaigo Amaral/Cidadeverde.com“A prova de gramática teve uma surpresa interessante. Após anos, os alunos se depararam com questões de gramática e não apenas de interpretação de texto. Isso valoriza os esforços dos estudantes que passam a vida inteira se dedicando a aprender as regras da língua portuguesa”, disse o professor Fernando Santos.Um dos pontos de maior polêmica na edição 2010 do Psiu, a prova de história, segundo analisa o professor Cláudio Nunes com base em depoimentos de candidatos, foi tranquila e sem nenhum possível erro de gabarito.  “Entretanto, só poderemos ter algum posicionamento concreto após a liberação da versão oficial do exame, que acontecer a partir das 15h30. Só assim, e depois de reunião com o grupo de professores é que poderemos nos pronunciar oficialmente”, afirmou.O professor de Literatura Ramon Arantes destaca a normalidade do terceiro dia de provas no momento em que alerta aos alunos sobre a possibilidade de serem abordadas, até, todas as obras listadas no edital no último dia de Psiu.“É tradição da UFPI cobrar todas as 12 obras literárias que constam no edital. Até o momento, seis livros caíram em questões. Por isso, temos expectativa de que os textos restantes sejam lembrados na prova específica”, alerta.Sobre fim do PsiuQuase como consenso, os professores defenderam as qualidades do Psiu. Entretanto, a opinião se divide quando colocado o programa da Universidade Federal do Piauí (UFPI) em comparação com o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

“Acredito que o modelo do Enem é válido. Contudo, defendo que o fim do Psiu acaba por ‘massacrar’ os regionalismos. Qual a motivação dos alunos estudarem a literatura piauiense se ela não cai no vestibular?”, questionou o professor de Literatura Ramon Arantes.Lívio Galenoliviogaleno@cidadeverde.com