Sílvio anuncia saída, faz desabafo e se emociona ao falar de aeroporto

O secretário de Turismo, Sílvio Leite, anunciou hoje (28) sua saída da pasta. Ele afirma que vai cuidar dos seus negócios e da saúde. Sílvio se emocionou ao lembrar a luta pela construção do aeroporto de São Raimundo Nonato e as críticas de deputados e senadores da oposição e fez desabafo com a falta de incentivo dentro do próprio governo para o turismo no Estado.

Sílvio avalia que sua luta na secretaria não foi fácil. Segundo ele, a pasta virou motivo de disputa política, mesmo tendo pouca importância dentro do governo. Ele fez críticas ao ex-governador Wellington Dias que, a seu ver, poderia ter usado o turismo para desenvolver e gerar empregos.

"Mágoa não fica. Só algumas vezes, por exemplo, em São Raimundo Nonato, quando eu desci no aeroporto foi uma emoção muito grande. Por tudo que ele ia representar e a gente assistindo os políticos debochando. Tantas outras cidades precisando de aeoroporto. Quando eu via a descrença, o deboche, eu ficava assim", lembrou chorando.

Ele avisa que deixa o cargo antes do réveillon e, por isso, estabeleceu estratégias para que o litoral esteja estruturado.

Orla da Atalaia

Ainda não será neste réveillon que o turista vai aproveitar a Orla da Atalaia pronta. Os problemas, durante sua execução, foram vários. "Espero que, se não para o início do ano, mas até o Carnaval esteja pronta", afirmou.

Projetos

Sílvio Leite diz que sai deixando 83 projetos em andamento, todos com recursos garantidos. "Nós deixamos 83 projetos, uma boa relação com o Ministério do Turismo, todos os projetos com recursos garantidos. E também o Prodetur, com todos os projetos prontos para serem executados", comentou.

Futuro

A partir de janeiro, Sílvio Leite vai se dedicar ao negócios pessoais e à saúde. Este ano o ex-secretário enfrentou problemas de saúde e se fortaleceu na família. "Enfrentei um problema grande esse ano. Minha família me impressionou bastante, consegui me tratar sem muitas sequelas. Eu já tenho 55 anos. Saio de casa às 7h, almoço 15h e chego em casa 21h da noite. Tenho uma cobradora, minha filha Julinha, que me liga perguntando onde eu estou. Tenho meu negócio e preciso cuidar. Foi um negócio que só eu acreditava no começo. Tenho mais de 230 empregos diretos. É muita gente que vive sob o nosso guarda-chuva", afirmou.

Leilane Nunesleilanenunes@cidadeverde.com