Governador veta aumento do próprio salário e impede "efeito cascata"

O governador Wilson Martins (PSB) vetou a lei que concedia reajuste para o seu próprio salário. Ele manteve seus vencimentos em R$ 12.500. Com o aumento aprovado no Congreso Nacional, esse valor chegaria a R$ 20.025, cerca de 54% a mais.  Fotos: Thiago Amaral/Cidadeverde.com A Assembleia Legislativa do Piauí também aprovou o reajuste, mas Wilson Martins, que já havia anunciado avaliar o impacto da decisão nas contas públicas, optou pela medida mais econômica. "O salário de governador de R$ 12.500 está de bom tamanho para as condições do Piauí e seria inadequado (o reajuste) neste momento", declarou. O não reajuste impede "efeito cascata" com o aumento do salário do secretariado. Hoje, cada membro do primeiro escalão recebe valor igual a 70% do vencimento do governador. Em entrevista ao CidadeVerde.com o governador disse que vetou os seus salário porque diz que não acha justo o reajuste de 66% da Câmara Federal e que o Piauí irá enfrenta reflexos da crise mundial de três anos atrás. “Eu não acho justo ter um reajuste de 62% quando o aumento do salário mínimo e da inflação é dez vezes menor. Vamos enfrentar um dos anos de rescaldo da crise de 2008 e da incerteza de uma nova crise na Europa. Eu não sei como vamos suportar com as finanças que tem o Piauí”, analisou Pra Martins, é preciso ter cautela nesse momento. Segundo ele, a economia com o não aumento de seu salário e do vice será de R$ 180 mil, o suficiente para construir dez salas de aula. “Por essa razão, deixarei de receber R$ 20 mil para receber R$ 12 mil. Farei uma aperto na economia lá em casa”, brincou. O governador admitiu que indicou três nomes para a presidência da Codevasf e que apesar de estar contente com o seu secretariado, ainda buscará entendimento com o PP e o PTB.  Demissões Wilson Martins afirmou que os cargos comissionados serão nomeados aos poucos, de acordo com a necessidade. Ele mostrou sua caneta durante a entrevista e disse que ela nomeará apenas o necessário para evitar gastos. Yala Sena (flash) Fábio Lima (Da Redação) redacao@cidadeverde.com