Com barracões fechados, Liga apela para "sensibilidade" de promotora

As escolas de samba de Teresina pararam o trabalho de preparação dos desfiles. A equipe de reportagem da TV Cidade Verde flagrou os barracões fechados na noite desta segunda (10), como foi o caso do Sambão e da Ziriguidum. O presidente da Liga das Escolas de Samba, Jamil Said, apela para a "sensibilidade" da promotora Leida Diniz, que recomendou o veto ao repasse de R$ 53 mil a cada agremiação de Teresina.

Leida Diniz argumenta que a prefeitura não pode deixar de suprir outras necessidades da administração pública, como a saúde, para patrocinar desfile de escolas de samba no Carnaval e sugere que as agremiações busquem outros tipos de financiamentos.

Jamil afirma que a decisão foi tardia e pegou a todos de surpresa. "Se soubéssemos com antecipação não teríamos gastado tanto. Eu espero que a promotora deixe a gente brincar esse ano e para o ano a gente firma um acordo. Acredito na sensibilidade da promotora", declara.

O presidente da liga chegou a sugerir que se a decisão afeta as escolas de samba deveria atingir também outros grupos de cultura regional. E declarou ainda que, agora, a menos de dois meses para o Carnaval, irão recorrer a patrocínios de empresários e realizar bingos e festas para arrecadar dinheiro.No barracão da escola Skindô, presidida por Jamil, a carnavalesca Tânia Said afirma que não vai parar o trabalho. "Eu amo estar no barracão. Não vou parar a confecção das fantasias. Vamos esperar uma definição", diz.

Leilane Nunes*Com informações de Aline Carvalhoredacao@cidadeverde.com