Sete dos oito prefeitos presos na Operação Geleira estiveram reunidos, por cerca de uma hora, com a assessoria jurídica e a presidência da APPM (Associação dos Prefeitos Piauienses Municipais) e pediram que a instituição saia em defesa deles. Os prefeitos são acusados de desvio de verbas públicas federais.A informação foi repassada pelo prefeito de Porto, Dó Bacelar, um dos acusados, que também é tesoureiro da APPM. O único prefeito que não foi à reunião foi o de Caracol, Isael Macedo, alegando problemas de saúde.

Fotos: APPM

Segundo Dó Bacelar, a APPM é o sindicato dos prefeitos e por isso deve defendê-los. “A APPM tem que defender os prefeitos, queira ou não. Aqui é o nosso sindicato que tem que encampar em nossa defesa. Se for condenado ai não, aí cabe até expulsão, mas até agora, pelas conversas que tivemos, todos são inocentes e dizem que vão provar suas inocências”, declarou o prefeito. O gestor de Porto disse ainda que os acusados ainda não tiveram acesso aos autos e só vão tomar as decisões cabíveis após tomar conhecimento dos autos. Ele disse que todos vão contribuir para as investigações da Polícia Federal e esclarecer todos os fatos.

“Não tenho dúvida que iremos contribuir e provar que o prefeito tem boa fé, idoneidade, boa conduta. Nesta tese se tem um erro técnico não é dele”, afirmou Dó Bacelar.Apenas o prefeito de Miguel Leão pediu afastamento por 15 dias, os demais deverão retornar aos seus municípios para gerir as prefeituras. “Não pode haver prejuízo na gestão. E peço que a população e a imprensa acompanhe o retorno desses gestores aos seus municípios. Após a soltura a foguetaria foi até pela manhã, esses prefeitos serão aplaudidos pela maioria da população quando voltarem”, destacou. 

Matéria relacionada:Prefeitos da "Geleira" analisam contestar prisões na Justiça

Caroline Oliveiracarolineoliveira@cidadeverde.com