Firmino Filho defende política para salário mínimo de R$ 569 no Piauí

O deputado estadual Firmino Filho (PSDB) declarou que o partido está formulando um projeto de lei para aumentar o salário mínimo no Piauí para R$ 569. Esse valor seria aplicado a nível estadual e não incidiria aos funcionários públicos. As afirmações foram dadas em entrevista ao Jornal do Piauí desta quarta-feira (23).Fotos: Thiago Amaral/Cidadeverde.com Firmino explicou que a fixação do salário mínimo nacional em R$ 545 foi motivada pela política econômica inflacionária do governo Dilma, mas garantiu que, com o atual crescimento da economia, o país tem todas as condições de suportar um aumento salarial maior. “A fixação do salário em um valor maior traz muitas despesas para o governo federal, principalmente para a Previdência, e o trabalhador que não tem culpa está sendo prejudicado pela política econômica do governo. Mas o sistema econômico tem sim capacidade de aumentar esse valor”, argumentou o deputado.Segundo o parlamentar, há uma possibilidade legal de ter um soldo diferenciado no Piauí, ao menos para as categorias “menos sindicalizadas”. O valor seria de R$ 569, calculado levando em consideração o Índice de Correção Monetária e o Índice de Crescimento do Salário Real.  “Nesse caso, existiriam dois tipos de salários mínimos. Um para os funcionários públicos, tanto estaduais como municipais, que seria o valor determinado pelo governo federal, que é de R$ 545 e, o outro salário seria, por exemplo, para os motoboys, para as empregadas domésticas e todas essas categorias menos sindicalizadas”, explicou Firmino.Governo Wilson MartinsO deputado disse estar ciente de que o governo estadual está passando por problemas de ordens financeiras, mas alegou que o mercado está aquecido e que por isso o Piauí não seria prejudicado com o aumento do mínimo. “O que tem a ver o trabalhador com as irresponsabilidades do governo? Depois da posse de Wilson Martins, o problema do Estado só se multiplicou. O governo está parado, perdido em sua crise financeira e isso está afetando até mesmo outras áreas, como a educação. Mas, o aumento do salário melhoraria a condição dos trabalhadores e como consequência o mercado de trabalho”, criticou o parlamentar. Greve dos professoresFirmino Filho seguiu com criticas à administração do Estado ao afirmar que até mesmo o secretário de Educação, Átila Lira, reconhece o fracasso. “O secretário declarou que o Piauí é o campeão do fracasso escolar. Os indicativos do governo comprovam o aumento da taxa de analfabetismo, ou seja, a situação está delicada”. De acordo com o deputado, o governo está sendo autoritário em relação à greve dos professores. “Não está havendo uma conversa séria. Os professores deveriam estar sendo ouvidos”, completou.Candidaturas Questionado sobre a possibilidade de ser candidato novamente à Prefeitura de Teresina, Firmino disse que o PSDB ainda está avaliando as experiências do partido no cargo e que somente no início do próximo ano será apresentado um candidato. “Primeiro as coisas primeiras”, brincou.Já em relação à candidatura do ex-prefeito Sílvio Mendes ao cargo de vereador, o parlamentar disse que essa seria uma opção viável. “Essa é uma discussão que vai depender do próprio candidato, mas seria uma boa alternativa”.Jordana Cury (Especial para o Cidadeverde.com)redacao@cidadeverde.com