Alepi realiza sessão solene que marca dia de luta contra a homofobia

A Assembleia Legislativa realizou, hoje (02), sessão solene pelo transcurso do Dia Mundial de Combate à Homofobia, que transcorreu no dia 17 de maio, atendendo requerimento apresentado pelo deputado Fábio Novo (PT), primeiro secretário do Poder.Fotos: Ascom AlepiA mesa de honra foi formada, dentre outros, pelo representante do Ministério Público Federal, procurador Leonardo Cavalcante, o presidente do Coletivo de Gays Mirindiba, João Leite, o professor Francisco Júnior, da Universidade Federal do Piauí, a coordenadora do Grupo Matizes, Marinalva Santana, a ex-vereadora de Colônia do Piauí e Kátia Tapety.O deputado Fábio Novo disse que, em decorrência dos últimos acontecimentos registrados no Brasil, como a suspensão da distribuição do Kit-antihomofobia nas escolas, há necessidade de que a luta contra a homofobia seja intensificada em todo o País.“A Constituição Federal diz que todas as pessoas são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza”, afirmou o parlamentar petista, assinalando que um país em que ocorre discriminação de pessoas não pode ser considerado democrático.A deputada Flora Izabel (PT) disse que, desde que exerceu mandato de vereadora em Teresina, tem se posicionado em favor da luta contra a homofobia. Ela destacou ainda que todas as leis em favor dos homossexuais foram aprovadas por unanimidade pela Assembleia Legislativa.O procurador Leonardo Cavalcante leu a ação impetrada pelo Grupo Matizes contra a proibição de doação de sangue pelos homossexuais, assinalando que isto não pode ocorrer porque os bancos de coleta realizam exames que garantem a qualidade do sangue.Em seguida, o professor Francisco Júnior defendeu que as questões relacionadas com os homossexuais sejam abordadas em salas de aula.A presidente da Antra (Articulação Nacional de Travestis e Transexuais), Giovanna Baby, pediu o apoio de todos os parlamentares piauienses para a luta contra a homofobia e lamentou que o Governo do Estado tenha encerrado as atividades da Coordenadoria Estadual de Direitos Humanos.Marinalva Santana, do Grupo Matizes, advertiu que o Centro de Referência Homossexual do Piauí se encontra sucateado e pode perder R$ 112 mil destinados em 2009 pelo Governo Federal, mas que não foram repassados à entidade pelo Governo do Estado.O coordenador do CGM, João Leite, defendeu a distribuição do Kit-antihomofobia nas escolas pelo Governo Federal e a aprovação do Projeto de Lei 122 pelo Congresso Nacional. Ele afirmou que o projeto tem o objetivo de impedir a discriminação contra os homossexuais.A Assembleia homenageou com uma placa pela luta contra a homofobia o Ministério Público Federal, Francisco Júnior, Giovanna Baby, Safira Bengell e Kátia Tapety. As placas foram entregues, respectivamente, pelos deputados Liziê Coelho (PTB), Odival Andrade (PSB), Marden Menezes (PSDB), João de Deus (PT), Flávio Júnior (PDT) e Cícero Magalhães (PT).No final da sessão solene, o deputado Fábio Novo convidou a todos os presentes para participarem de um coquetel no salão nobre do Palácio Petrônio Portella, sede do Legislativo Estadual.Da Redaçãoredacao@cidadeverde.com