Badminton une famílias e revela jovens campeões para o Brasil

O Badminton moderno é um esporte nascido na Índia que surgiu de uma brincadeira milenar européia chamada “raquete e peteca”, na qual o participantes tinham que, literalmente não deixar a peteca cair. O formato atual se espalhou pelo mundo, sobretudo, após as Olimpíadas de Barcelona em 1992, quando a modalidade entrou nos Jogos Olímpicos. Anos depois, o esporte chegou em terras piauienses e já entrou no vocabulário da população. Aliás, mais do que isso. Em aproximadamente seis anos, o Badminton já revelou grandes talentos, uniu famílias e é uma das grandes esperanças na formação de campeões que representam o Estado.  O esporte também faz parte do programa da Olimpiauí e teve alguns de seus campeões revelados neste domingo (5), no ginásio do Instituto Federal do Piauí (Ifpi). As primeiras categorias a realizarem as finais foram as sub-11 e sub-13.  A primeira decisão foi entre Sania Lima e Morgana Araújo, que apesar de competirem na categoria até 11 anos, têm apenas 8 anos. Mas engana-se que a partida era uma brincadeira, as meninas jogaram como gente grande. No final, Sania levou a melhor e bateu Morgana por dois sets a zero, com parciais de 21x10 e 21x9, já que no badminton a partida é de pontos corridos numa melhor de 3 sets.  Carlos Lustosa Filho/CidadeVerde.com Morgana e Sania Experiente, Sania Lima já representou o Piauí nas competições em Blumenal e Recife e está com a vaga para disputar o Panamericano na Jamaica, no mês de junho. Só precisa do patrocínio. Mas a garota já imagina o que vai encontrar quando estiver na Terra de Bob Marley. “Estou me preparando pra jogar bem, quando chegar lá. Mas espero conhecer muita coisa e também fazer amigos”, diz a esportista da Unidade Escolar Nossa Senhora da Paz.  Thiago Amaral/CidadeVerde.com Carlos Lustosa Filho/CidadeVerde.com Morgana e a família A segunda colocada, Morgana Araújo, trouxe uma galera da pesada para torcer por ela: a mãe, a tia, a avó, a madrinha, o padrinho, dois tios, um sobrinho e ficou contente com o vice-campeonato. Também pudera, ela está jogando apenas desde fevereiro deste ano. “Na escola onde eu estudo tinha balé. Eu comecei a fazer, mas não gostei. Fui gostar mesmo do badminton”, conta a garota. Os palcos podem ter perdido uma bailarina, mas as quadras, certamente ganharam uma esforçada promessa no esporte: Morgana diz que treina todos os dias, só descansando eventualmente no domingo, e sai de sua casa no bairro Vale quem Tem na zona leste para se aperfeiçoar no CT do Monte Castelo, na zona sul.  Meninos Quem lê pela primeira vez o nome do garoto Stélios Athannassios, 9 anos, pode até pensar que ele é grego. E não está completamente errado. O avô do garoto é da Grécia, mais precisamente, da região de Tessalônica, a segunda maior cidade do país europeu. Mas apesar da ascendência macedônica, o atleta é piauiense e conheceu o badminton por acaso. “Eu fui no último dia da praia de verão no shopping no ano passado. Joguei e gostei”, lembra, tranqüilo, sob os olhares corujas do pai Stélios e da mãe Verônica.  Thiago Amaral/CidadeVerd.com Stélios com a mãe e o pai Ele começou a praticar suas raquetadas pra valer apenas a partir de agosto de 2010 e também diz que joga futebol, mas que gosta mesmo de badminton e quer ser profissional. Ainda que esteja treinando há pouco tempo ele já conseguiu bons resultados ao chegar em três finais de campeonatos.  Thiago Amaral/CidadeVerd.com Gabriel e o tio, Thiago Em todas as ocasiões, ele perdeu para um só adversário: Gabriel Teixeira, de 10 anos, que já joga desde o final de 2007 e está classificado para o Panamericano. Gabriel foi levado para o badminton pelo tio, Thiago Teixeira, de 17 anos, que também pratica a modalidade e também vai à Jamaica. Na torcida, estavam a mãe e a avó do garoto, bastante ansiosas e orgulhosas ao ver o atleta com a medalha de ouro brilhando no peito, após vencer a partida. Resultados Sub 13-F: Lorena Vieira (prata), Monaliza Freitas (ouro), Samia Lima (bronze) Sub 13-M: Vinícius Evangelista (prata), Fabrício Farias (ouro) Sténio (prata), Gabriel (ouro), Fernando Vieira (bronze) Carlos Lustosa Filho redacao@cidadeverde.com