Número de homicídios bate recorde no Piauí, diz Sinpolpi

O Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Piauí (Sinpolpi) divulgou os números de uma pesquisa mensalmente feita sobre o número de homicídios no Piauí. Segundo o levantamento, 38 pessoas foram vítimas de homicídios e três de latrocínio (roubo seguido de morte) durante o mês maio, sendo o maior registro da entidade nos últimos dez anos. As pessoas foram mortas a facadas, tiros de revólver, pauladas, pedradas e até por o arremesso de uma panela de pressão, além das três mortes por latrocínio.Ainda de acordo com a pesquisa, sete acusados de assaltos foram abatidos durante confronto com a polícia.

Jordana Cury/CidadeVerde.com

Em outros três casos, a pessoa que morreu era detento ou ex-detento e o crime também aconteceu durante lutas entre forças rivais nas tentativas de assaltos. Cinco das vítimas eram do sexo feminino e quatro delas morreram em crimes passionais praticados por maridos, companheiros, namorados ou ex que não se conformaram com o fim do relacionamento ou mesmo por ciúme doentio.Só a cidade de Teresina registrou um total de 14 casos e 24 no interior do estado. Em Porto de Murruás, na região Norte, foram registrados dois assassinatos, fato que nunca tinha ocorrido em um mesmo mês. Em Luzilândia, aconteceu um latrocínio e dois bandidos foram mortos após um assalto a banco.No sul do Estado, em Picos (a 311 km de Teresina) foram registrados quatro assassinatos no mês passado, a maioria praticada por motociclistas misteriosos. “A situação da segurança pública naquele município é gritante. Duas delegacias já foram fechadas por determinação do Ministério Público Estadual por falta de condições sanitárias”, destaca o relatório do Sindicato. No mês de maio os policiais civis estavam em greve e muitos municípios foram prejudicados com a determinação da Secretaria de Segurança de retirar todos os delegados que não fossem de carreira das delegacias do interior, no final do mês de abril. “A população de Porto está em pânico porque também foram registrados outros tipos de delitos e para completar, um delegado do município de Batalha, a mais de 100 quilômetros é que ficará responsável pela segurança, mesmo sem saber aonde vai atender as ocorrências”, afirma o relatório do Sinpolpi.

Caroline Oliveiracarolineoliveira@cidadeverde.com