Após 7 horas de rebelião, 18 presos são transferidos da Major César

Após quase sete horas, a rebelião dos presos da penitenciária Major César foi apaziguada na tarde desta quinta-feira (30). Representantes dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/PI) chegaram ao local. Equipes do Rone (Rondas Ostensivas de Natureza Especial), do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) e a Comissão de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar permanecem monitorando os detentos. Fotos: Thiago Amaral/Cidadeverde.com   "Já está tudo calmo", afirmou o capitão Fábio Abreu, comandante do Rone. A coronel Júlia Beatriz, do Gerenciamento de Crises, comunicou que a situação está controlada. O Cidadeverde.com apurou que 18 detentos do regime semi-aberto serão transferidos para outros presídios onde ficarão em regime fechado. Eles teriam sido os comandantes da manifestação e são aguardados para exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal no final da tarde de hoje. A equipe de reportagem do Cidadeverde.com flagrou três ambulâncias em direção da Major César, entretanto, as informações são de que nenhum detento está ferido.  Na Colônia Agrícola Major César Oliveira existem cerca de 300 detentos em regime semi-aberto. A rebelião foi iniciada por volta das 10h desta quinta-feira (30), após uma festa junina no hospital penitenciário Valter Alencar, localizado ao lado do presídio. O motivo teria sido insatisfação dos presos com a administração do diretor, tenente Maciel de Sousa.   Lúcio Tadeu, da comissão de Direitos Humanos da OAB/PI A diretoria do presídio afirmou que não se tratava de uma rebelião, mas uma revolta dos presos, um montim, já que não houve reféns. O diretor de presídios da Secretaria de Justiça, Anselmo Portela, esteve no local e participou das negociações para o fim do movimento. Segundo ele, há a necessidade de políticas para evitar o tráfico de drogas dentro da penitenciária. "Suspeitamos que os presos do regime semi-aberto estão facilitando a entrada de drogas", frisou. A coronel Júlia Beatriz, do Comando de Gerenciamento de Crise, também participou da negociação. Ela afirma que muitos dos presos reclamavam de estar cumprindo uma pena que já teria terminado. "Mas isso não é de competência da polícia, nem do sistema prisional, mas sim do judiciário", frisou.Durante a rebelião, foi possível ver uma cortina de fumaça saindo do telhado da penitenciária. Algumas telhas foram retiradas de um dos pavilhões. Informações e fotos de Thiago Amaral Jordana Cury (especial para o Cidadeverde.com) redacao@cidadeverde.com