Ministério Público apresenta proposta para evitar demissões no HUT

A reunião dos médicos intensivistas do Hospital de Urgências de Teresina com a diretoria do HUT, da Fundação Municipal de Saúde e com a promotora Débora Geane Aguiar Aragão Gomes resultou na elaboração de um termo de reajuste de conduta com 30 cláusulas com prazo determinado de cumprimento. A possibilidade de demissão em massa dos 22 médicos ainda não está descartada. Nova reunião foi marcada para o dia 12. Thiago Amaral/Cidadeverde.com A reunião aconteceu na manhã desta quarta-feira (24), no Ministério Público Estadual e durou mais de cinco horas. Além dos 22 médicos que ameaçam demissão e da promotora, estiveram na reunião o presidente da Fundação Municipal de Saúde, Pedro Leopoldino, a diretora do HUT, Clara Melo e lideranças políticas. Os médicos denunciaram novamente a falta de estrutura do hospital. Segundo a promotora Débora Gomes, hoje começou a ser elaborado um termo de reajuste de conduta com 30 cláusulas, mas o documento ainda não está totalmente concluído. "Foi colocado no papel o que deve ser modificado. Várias obrigações foram apontadas e por isso marcamos mais uma reunião para o dia 12 de setembro". Entre as principais queixas, a promotora ressaltou as questões relacionadas à estrutura, ao atendimento, à reforma e ampliação da Unidade de Terapia Intensiva e à construção de uma sala específica para o tratamento de hemodiálise. A diretora do HUT, Clara Leal, afirmou que muitas das cláusulas contidas no documento já foram atendidas. "Eu estou satisfeita com a reunião e posso afirmar que muitos pontos propostos hoje já foram resolvidos e outros estão em fase de andamento. É importante lembrar que este termo ainda não foi assinado e pode passar por modificações, adequações". Clara Leal disse ainda que não há risco do HUT ficar paralisado para cumprimento das reivindicações. O advogado dos médicos intensivistas, Alexandre Vasconcelos, enfatizou a importância da reunião e alertou: "Temos um relógio que está correndo. Temos um tempo de 30 dias que foi proposto pelos médicos e tudo dependerá do que vai acontecer nesse prazo". O pedido de demissão em massa dos 21 profissionais foi protocolado na última segunda-feira (22). Jordana Cury (Especial para o Cidadeverde.com) redacao@cidadeverde.com