O cardiologista José Lira participou da edição desta segunda-feira (19) do Jornal do Piauí. O objetivo era alertar a população sobre os cuidados necessários com o coração para evitar, ao máximo, a ocorrência da morte súbita e de infartos.Fotos: Evelin Santos/Cidadeverde.com“Deve haver um equilíbrio entre ter que trabalhar e cuidar da saúde. O SUS disponibiliza mecanismos de prevenção. Não adianta trabalhar o dia todo e não ter cuidado com o patrimônio maior que é a vida”, aconselhou o médico.A discussão sobre o tema veio a tona após o registro da morte do jornalista piauiense Milton Martins Filho, o Miltinho, 35 anos, vítima de ataque fulminante do coração. O comunicador, que trabalhar em Brasília na equipe do ministro da Saúde Alexandre Padilha, morreu no último sábado (17).“Temos vistos muitos jovens que estão trabalhando e esquecendo-se de cuidar da vida. Deve-se criar o habito de ir ao médico com regularidade. Antes se dizia que as doenças do coração eram para idosos. Isso passou. Hoje criança sofrem com problemas de pressão alta”, alerta.Entretanto, o cardiologista avalia que a população piauiense está transformando seus hábitos. É comum se deparar por vias da capital do Estado, por exemplo, tomadas por pessoas praticando caminhadas e corridas.“Os hábitos têm mudado. A população tem se mostrado cada vez mais sensível aos problemas relacionados à saúde. A mídia tem ajudado muito proliferando informações. Hoje em dia, cerca de 15% dos infartos se dão através de morte súbita”, analisa o médico.Para o profissional, as rotinas são grandes vilões do coração. Horários irregulares para trabalhar e se alimentar são fatores de riscos que podem levar pessoas aparentemente saudáveis às cardiopatias. A carga genética também deve ser considerada.“As coisas não acontecem de repente. É preciso que as pessoas passem a prestar atenção nos sinais. É recomendável de quem tenha um histórico de problemas cardíacos na família faça exames regularmente antes dos 40 anos”, aconselha José Lira.Doenças do coraçãoPrincipais causas: sedentarismos, estresse, histórico familiar;Prevenção: vida saudável, exames periódicos, alimentação regrada;Estatísticas: 40% das mortes no Piauí estão ligadas à doenças do coração; cerca de 300 mil pessoas morreram no Brasil em 2010 tiveram problemas cardíacos.Lívio Galenoliviogaleno@cidadeverde.com