O promotor do Ministério Público Estadual (MPE), Eliardo Cabral, afirmou, em entrevista ao Jornal do Piauí desta sexta-feira (23), que ainda tem esperanças de que seja revelado o assassino da estudante de Direito Fernanda Lages.Fotos: Evelin Santos/Cidadeverde.comA jovem foi encontrada morta nas obras da nova sede do Ministério Público Federal (MPF), localizada na avenida João XXIII, zona Leste de Teresina, no dia 25 de agosto de 2011. Há hipóteses de que a universitária tenha se jogado do prédio.“Tentaram matar essa esperança, mas se chegarem a matar, ela continuará viva. O silencio mais faz crer em uma certa convicção de que o caso será solucionado. Silencio as vezes incomoda. Confiamos plenamente no trabalho da Polícia Federal”, disse Eliardo.O promotor Ubiraci Rocha também participou da entrevista. Ele acredita que o caso será solucionado em breve e que a população tenha esperanças e paciência. O promotor criticou também a Polícia Civil, por apresentar inquérito inconclusivo.“Lutamos muito para que a Polícia Federal entrasse nesse caso. Temos muita confiança porque temos convicção que o que houve no caso Fernanda Lages foi homicídio. Não dá pra confiar em um organismo investigatório feudalizado em lugar nenhum”, avalia Ubiraci.O que mudou após caso FernandaEliardo Cabral e Ubiraci Rocha comentaram ainda o que mudou na vida pessoa e profissional após começarem a acompanhar as investigações da morte da estudante de Direito. “Tive que redobrar a minha segurança pessoal, mas e gratificante ver a população reconhecendo seu trabalho”, opina Ubiraci Rocha.“Minha esposa já era acostumada com a pressão do meu trabalho. Ela sempre me apoiou. Agora, minha filha adolescente ficou temerosa e por certas vezes pediu para que eu fosse prudente e não me expusesse tanto”, revela Eliardo Cabral.Mensagem de fim de anoNas horas vagas, Eliardo Cabral é pastor. Por isso, o jornalista Tony Trindade pediu que o promotor se levantasse e proferisse uma mensagem de final de ano para os telespectadores do Jornal do Piauí.“Jesus disse: se alguém quer vir à mim, renuncie a si mesmo. Cada um tem sua cruz e que ela seja do tamanho determinado. Que todos possam prezar a relação íntima com Deus, é hora de reaproximação com o pai”, aconselhou.Lívio Galenoliviogaleno@cidadeverde.com