Justiça pode condenar mais de 150 policiais militares que fizeram greve

O promotor de Justiça, Assuero Oliveira, estima que pode chegar a mais de 150 policiais militares denunciados por participação no movimento Polícia Legal, Tolerância Zero, deflagrado em todo o Piauí, no início do mês de agosto do ano passado. O Ministério Público do Estado já denunciou 33  militares do 3º Batalhão Polícia Militar, localizado no município de Floriano. Fotos: Jordana Cury/Cidadeverde.com Promotor Assuero Oliveira“Em cada batalhão, quem fez o movimento vai ser responsabilizado. Esse número pode chegar a muito mais que 150 policiais. Que fique claro que não estou questionando se o movimento foi justo ou não, estou apenas cumprindo a Lei”, declarou Assuero Oliveira. Inquéritos dos PMs que ainda serão analisados pelo promotorSe forem condenados os policiais deverão cumprir seis meses de detenção, período que deverá ser cumprido no quartel. Segundo o promotor Assuero Oliveira, a anistia dada na Assembleia Legislativa tem apenas efeitos administrativos.  “Na esfera penal apenas o presidente da República é o encarregado de dar a anistia. Os policiais do Rio de Janeiro já conseguiram, portanto não seria difícil os PMs do Piauí conseguirem a anistia da presidenta”, afirmou.  O movimento Polícia Legal foi deflagrado em agosto de 2011 e por serem impedidos de grevar, os PMs decidiram atender apenas ocorrências mais graves. Eles reivindicavam isonomia salarial com a polícia civil e melhores condições de trabalho.Para o Ministério Público eles devem ser punidos, porque a Constituição Federal, lhes impõe o dever de ronda ostensiva. “Eles não poderiam ter se negado a trabalhar, nem mesmo decidir atender crimes graves ou não”.  Eles estão sendo denunciados por desrespeito ao Batalhão. São ao todo sete sargentos, três cabos e 23 soldados. As denúncias já foram feitas e os acusados já foram ouvidos. A próxima etapa é ouvir testemunhas. Flash de Jordana CuryRedação Caroline Oliveiraredacao@cidadeverde.com