Associação pede à Justiça anistia de PMs denunciados pelo MP

A associação dos Policiais Militares do Piauí (Amepi) afirmou que já enviou para a Justiça Federal o projeto de anistia dos PMs que participaram do movimento "Polícia Legal", deflagrado em agosto de 2011. Após denúncia do Ministério Público, os policiais responderão criminalmente pelo ato.Segundo o presidente da associação, Evandro Rodrigues, a categoria foi "pega de surpresa" com a denúncia do Ministério Público. "Não cometemos nenhum crime e já estamos tomando as medidas necessárias para trancar essas ações no Tribunal de Justiça", explicou.O presidente afirmou que todos os policiais que forem denunciados serão defendidos juridicialmente pela associação. "Além disso, já enviamos para a Justiça Federal o projeto de anistia. A lei já foi aprovada em pelo menos 16 outros Estados brasileiros, estamos confiantes que aqui também será aprovada".Evandro Rodrigues garantiu que a Constituição Federal, que obriga os PMs a realizarem rondas ostensivas, não foi descumprida. "Fomos aos quartéis todos os dias. Só nos recusamos a trabalhar sem coletes, sem armamento adequado e falta de estrutura das viaturas. Se não houve falha administrativa, muito menos houve crime", argumentou.CorregedoriaDe acordo com o Coronel Sidney Pires, da Corregedoria de Polícia Militar, após o término do movimento, foram realizados nove inquéritos, dentre eles, há um que é exclusivo de líderes de associações."Todos os inquéritos foram concluídos, mas três retornaram para novas diligências. Os policiais militares estão sendo acusados, sobretudo, por desobediência ao Batalhão", explicou o PM.O coronel disse ainda que as denúncias feitas aos policiais geram um reflexo negativo na carreira. "Caso sejam condenados, eles perderam benefícios, como a Bolsa Formação, dada pela Secretaria Nacional de Segurança", finalizou.Jordana Curyredacao@cidadeverde.com