Xerife diz: Certidão de Obama pode ser falsa

A certidão de nascimento do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pode ser falsa, segundo a autoridade policial máxima do condado de Maricopa, do Estado do Arizona.A certidão de Obama é exibida com indicações do que teria sido modificado durante apresentação de Arpaio em Phoenix, no Arizona (Foto: Reuters)O xerife Joe Arpaio, que se diz o mais linha-dura do país, revelou os resultados de uma investigação sobre as origens do documento. Seus policiais concluíram que há "indícios" de que o documento tenha sido feito através de "falsificação e fraude".Figura polêmica, Arpaio é um influente republicano e concorre ao sexto mandato como xerife. Ele foi tema de um relatório do Departamento de Justiça americano em dezembro, que diz que seus policiais usam raça como base para investigações criminais, discriminam latinos e fazem prisões arbitrárias.Pedido do Tea PartyAnunciando suas conclusões, Arpaio, 79 anos, disse que a análise de uma cópia eletrônica da certidão de nascimento de Obama havia revelado grandes dúvidas sobre sua autenticidade."Baseado em todas as provas apresentadas e investigadas, eu não posso de boa fé dizer a vocês que estes documentos são autênticos", disse Arpaio. "Meus investigadores acreditam que a certidão foi fabricada eletronicamente e que não vem de um documento original de papel, como alega a Casa Branca."O governo americano divulgou a certidão de nascimento de Obama em abril de 2011, em meio a especulações de que ele não era um cidadão nascido nos Estados Unidos. Isso tornaria Obama, que tem pai queniano, inelegível para o cargo de presidente.PresidênciaA divulgação da certidão pareceu aplacar alguns dos críticos, incluindo o executivo Donald Trump, que pediu publicamente esclarecimentos sobre o assunto. Mas Arpaio disse ter decidido investigar a questão da certidão mais a fundo no ano passado, a pedido de integrantes do Tea Party do Arizona.Segundo o xerife, a conclusão de que há indícios de falsificação torna necessária uma investigação criminal e um maior escrutínio de candidatos à Presidência no país. "Se nada mais vier desta investigação, o que aprendemos é que precisamos de um processo melhor para escolher as pessoas que concorrem à Presidência dos Estados Unidos da América", disse Arpaio.Fonte: Terra