"Custódia é barril de pólvora e governo não prioriza", diz promotor

O promotor Elói Sousa Júnior, da Vara de Execuções Penais de Teresina, comentou hoje (19) a medida adotada pelo corregedor Francisco Paes Landim de baixar um provimento para que os juízes priorizem a apreciação dos processos de presos provisórios da Casa de Custódia. Em entrevista ao Notícia da Manhã, o promotor criticou o governo por não priorizar o sistema carcerário e disse que ainda que a Casa de Custódia é um "barril de pólvora e a qualquer momento pode ocorrer o pior"."Na Casa de Custódia, dois pavilhões estão sendo construídos mas a passos lentos. O governo do Estado não tem dado prioridade. Felizmente na rebelião de ontem não tivemos mortes. Mas a Casa de Custódia é um barril de pólvora e a qualquer momento pode ocorrer o pior", declarou.O presídio tem capacidade para abrigar 330 presos e, atualmente, está com mais de 800. Essa é uma das principais reivindicações dos presos. O corregedor do Tribunal de Justiça do Estado, Francisco Paes Landim, baixou ontem um provimento para que os juízes julguem num prazo máximo de 100 dias os processos dos presos provisórios. A decisão prevê, inclusive a suspensão das férias dos magistrados. Além disso, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia deverá fazer uma vistoria na Casa de Custódia. "A decisão é que todos os processos de réus presos sejam examinados. Acho que vai minimizar esse quadro de tensão que existe hoje", comentou.Matérias relacionadasOAB/PI: Lúcio Tadeu faz apelo para Governo intervir no sistema prisional Agentes abortam tentativa de fuga de presos na Irmão Guido Acaba rebelião na Custódia; governo tenta transferir líder do PCC Corregedor determina que juízes agilizem processos dos presos Nova rebelião estoura na Custódia; Pavilhões foram quebrados Detentos queimam colchões e tentam destruir paredes na Casa de Custódia Leilane Nunesleilanenunes@cidadeverde.com