Seca no semiárido irá se prolongar por mais três meses

 A instabilidade climática do Oceano Índico, sugerindo possível manifestação do fenômeno La Niña, com redução das probabilidades de chuva no Nordeste, nos próximos três meses, agrava ainda mais a situação no Semiárido piauiense, que hoje enfrenta uma das piores secas de sua história.A informação foi dada pelo climatologista Lincoln Muniz Alves, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), durante audiência pública, na terça-feira (6), na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, em Brasília.A gerente de hidrometeorologia da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Sônia Feitosa, já havia alertado que o prognóstico de chuvas para a região do Semiárido piauiense não é bom. A tendência, segundo ela, é que a área afetada pela seca permaneça sem chuva pelos próximos meses.O representante do Banco do Nordeste, José Rubens Mota, reconheceu, na audiência, que a situação no Nordeste é de desolação. Segundo ele, a produção agrícola caiu 22% em relação ao ano passado, o nível dos reservatórios de água está abaixo de 38% e as perdas de animais são relevantes.O Banco do Nordeste, para aliviar os efeitos, já criou uma linha de crédito emergencial no valor de R$ 1,5 bilhão, com foco principal nos pequenos produtores rurais. Até a semana passada, foram contratados R$ 1,189 bilhão.redacao@cidadeverde.com