Procuradoria apura compra de medicamentos irregulares na FMS

Atualizada às 09h46O procurador Kelston Lages, do Ministério Público Federal, afirmou que há indícios de desvios de recurso federal na Fundação Municipal de Saúde e prometeu aprofundar as investigações acerca da compra irregular de medicamentos pela Fundação Municipal de Saúde.Jordana Cury/Cidadeverde.comKelston Lages, procurador do MPF/PIA afirmação foi feita após a reunião que reuniu TCE, TCU, MPE, MPF, PF e Procuradoria do Município na FMS para discutir as denúncias de compra de medicamentos irregulares. Ex-prefeito de Teresina, Elmano FérrerO primeiro procedimento, segundo o procurador, será a realização de uma auditoria. "Se comprovado o desvio, ajuizaremos ações cabíveis na Justiça Federal. O crime que podemos ver é peculato e improbidade administrativa. A partir do resultado, pediremos também o ressarcimento do dinheiro desviado", disse.Representantes da Saúde, em discussão sobre as denúnciasO presidente da FMS, Luiz Lobão, ressaltou que o órgão tem atualmente uma dívida de R$ 37,9 milhões junto a fornecedores e, a pedido do prefeito Firmino Filho, enviou os documentos que comprovam as irregularidades aos órgãos competentes.Presidente atual da FMS, Luiz Lobão"Precisamos assumir a casa com responsabilidade e, por isso, pedimos que esses órgãos investiguem nossas denúncias. Queremos dar transparência à gestão pública", explicou.O procurador do Município, Charles Max, afirmou que a Procuradoria vai tomar providências quanto a responsabilização dos funcionários envolvidos. Durante a reunião entre vários órgãos para discutir as irregularidades nas compras de medicamentos pela Fundação Municipal de Saúde, o promotor Edson Nascimento, do MPE, afirmou que as denúncias relacionadas à Farmácia do Município são graves e estuda a entrar com uma ação por improbidade administrativa e até na esfera criminal contra as gestões do ex-prefeito Elmano Férrer e do ex-presidente da FMS, João Rodrigues Filho.João Rodrigues Filho, ex-presidente da FMSDe acordo com Francisco Pádua, coordenador de Ações Assistenciais Vinculadas à Farmácia, as irregularidades constatadas dizem respeito a existência de notas fiscais cujo valor não corresponde aos medicamentos entregues e licitações viciadas."Os pagamentos eram irregulares e os pregões estavam vencidos. As notas fiscais não tinham comprovante e não correspondiam às quantidades entregues. Além disso, as notas não foram registradas no sistema de informação", disse.O presidente da FMS, Luiz Lobão, denuncia que o rombo pode ser de R$ 16 milhões. As irregularidades foram constatadas através de depoimentos de funcionários e de fornecedores de medicamentos, que estavam sem receber os pagamentos.Luiz Lobão convocou para a manhã de hoje uma reunião entre diversos órgãos, entre eles o TCE, TCU e MPF, para estudar medidas.Matérias relacionadasPF e TCE investigarão irregularidades na FMS; Reunião discute caso hoje Prefeitura pede auditoria do TCE-PI na farmácia da Fundação de Saúde Flash de Jordana CuryRedação de Leilane Nunesredacao@cidadeverde.com