Seminário discute os 13 anos de políticas públicas de igualdade racial no Piauí

Teresina sedia entre os dias 10 e 12 de setembro o primeiro Seminário Nacional de Povos de Comunidades Tradicionais de Terreiros. A coordenadora de igualdade social do Piauí, Assunção Aguiar, destaca que objetivo é discutir os 13 anos da implantação de políticas públicas de promoção de igualdade racial. Segundo ela, o Piauí apresenta um desafio para a população negra e que segue religiões de origens africanas. 

"Será um momento de discutir a implantação e os avanços das políticas de promoção de igualdade racial no Brasil, que em 2015 completam 13 anos. Moramos no país mais católico do mundo e o Piauí é o estado mais católico do Brasil. Vivemos em um estado laico, mas laico para quem? As religiões de origem africanas são muito discriminadas, sofrem preconceitos. Não apenas os negros devem entrar nesse debate, mas toda a sociedade", declara a coordenadora. 

De acordo com ela, outros debates inseridos no tema serão discutidos, como o genocídio da população jovem negra - já apontado como o grupo que mais morre de forma violenta no Brasil, segundo dados do Mapa da Violência. Além disso, o mercado de trabalho para os negros e a saúde da população LGBT. 

"No Piauí temos um desafio que é dizer para a sociedade que não dá mais para vivermos em um ambiente em que sofremos tanto preconceito. Por isso a importância desses debates e discussões", diz. 

Autoridades importantes como Markota Celinha, do Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro Brasileira (Cenarb) e o secretário nacional de juventude do governo federal, Gabriel Medina, estarão presentes para o debate. 

O encontro vai acontecer a partir do dia 10 até o dia 12 desse mês, com abertura às 18h30, no Centro de Formação da FETAG, localizado no KM 10 da BR-343. Na Alepi, a sessão tem início às 9h30 de quarta-feira (9). 

 

Maria Romero redacao@cidadeverde.com