O ex-minstro do Trabalho e Emprego e presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, em Teresina nesse final de semana, comentou que mesmo tendo agora um ministro nos quadros do PDT, vai continuar se declarando independente em relação ao governo no tocante, especialmente, a votações que diminuam direitos dos trabalhadores. Em outubro foi anunciado como novo ministro das Comunicações, o líder do PDT na Câmara, deputado André Figueiredo (CE).

  “O que a gente tem de independência, é que a gente não concorda em votar em nada que diminua direito do trabalhador, isto já está claro para o governo há muitos anos. Então a nossa independência é no sentido de não acompanhar as votações que tirem direitos de trabalhadores”, declarou Carlos Lupi em convenção estadual do PDT que aconteceu na Associação Industrial do Piauí.   Em agosto, a bancada do PDT na Câmara havia declarado independência ao governo. Agora com um ministro da sigla empossado, as relações com o governo podem mudar. Lupi fez declarações sobre as denúncias da Lava Jato, de que o PT e a Petrobras estariam roubando de mais. Contudo, ele se mostrou contra o impeachment e a favor da democracia do governo Dilma. 

“Eu disse que estavam roubando demais na Petrobras, e infelizmente aqueles que estão denunciados até agora não são nem do PT, a maioria, mas a discussão é que nós não podemos concordar com nenhum tipo de roubo, mas também não concordamos com o impeachment da presidente sem nenhum tipo de argumentação verdadeira. Agora nós somos pela democracia, o processo democrático escolheu a presidente, não é porque está mal ou está bem a economia, ou se o ibope dela está alto ou baixo, que nós vamos tirar a presidente. Impeachment é um instrumento legal para só ser feito quando se tem provas contundentes contra. Por isso nós estamos defendendo a democracia e estamos do lado dela", comentou .   Sobre a crise econômica e politica que assola o país, ele disse que primeiro é necessário controlar a inflação, para que se possa investir na economia e da indústria. “Controlar a inflação, que só prejudica o assalariado, e depois investir para fazer o aquecimento da economia, porque o que gera emprego é o crescimento da economia, da indústria nacional, é o crescimento da economia gerando emprego para todos, para retomar o projeto de crescimento do país”.   Já em relação a Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal, ele disse que é outra situação, mas que ele também tem direito a defesa, mesmo com todas as provas contra. “Com o Eduardo Cunha é outra relação, porque tem conta, tem comprovação, já foi apurado pelo Ministério da Suíça, mesmo assim ele tem direito a defesa, mas contra ele já existe fato, entoa compete agora a Câmara, que é um instrumento legal, decidir pela saída ou não”.   Na convenção em Teresina, ele disse que "o PDT tem o objetivo de ter candidaturas próprias em todos os municípios onde o partido tiver organizado”. Declarou também que o deputado federal Flavio Nogueira, presidente do PDT no Estado, é uma ponte direta entre o PDT nacional e o do Piauí, que é um amigo franterno. "Há mais de 25 anos que conheço o Flávio e ele é muito importante para a organização do patido no Estado e mais um para buscar recurso e ir atrás dos interesses do partido na Câmara".

Lyza Freitas redacao@cidadeverde.com