Detentos ajudam nos reparos da Casa de Custódia após motim

Após a estabilização da Casa de Custódia de Teresina e da Penitenciária Mista de Parnaíba, que foram foco de motins de presos no início da semana, a equipe de Engenharia da Secretaria de Justiça do Piauí faz um levantamento e elabora relatórios de danos causados nessas unidades prisionais.

  Já na quinta-feira (17), um dia após a Casa de Custódia e a Penitenciária de Parnaíba terem enfrentado rebeliões, a Secretaria de Justiça iniciou o processo de reparos estruturais nas penitenciárias. No mesmo dia, o governador Wellington Dias autorizou decreto de situação de emergência, para garantir segurança imediata aos dois presídios.   A previsão é de que o relatório técnico e orçamentário sobre os danos seja divulgado no início da próxima semana. Enquanto isso, empresa construtora já atua nas unidades prisionais. Na Casa de Custódia, os próprios detentos, aqueles de bom comportamento, auxiliam os pedreiros na reforma.   Esses detentos, de acordo com a Secretaria de Justiça, já atuam nos serviços rotineiros da penitenciária, fazendo limpeza e na cozinha, por exemplo, e, agora, ajudam no reparo dos danos. Uma forma, inclusive, de diminuir os custos para o Estado, aproveitando a mão de obra de dentro da penitenciária para trabalhar em prol do sistema.   “Estamos garantindo segurança a essas unidades, para que voltem à normalidade, à ordem. O Estado atuou com bravura na contenção desses motins e continuará trabalhando pela segurança da população piauiense e isso passa diretamente pela segurança prisional”, pontua o secretário de Justiça, Daniel Oliveira.   Forças de segurança continuam nas penitenciárias   Mesmo após a estabilização das unidades prisionais onde houve motins, as forças de pacificação continuam nas penitenciárias. Cerca de 60 homens na Casa de Custódia e 50 na Penitenciária de Parnaíba. São tropas do Comando de Missões Especiais (CME), formado pelo Bope, Rone, Força Tática, Tropa de Choque, com auxílio da Força Nacional.

  A Secretaria de Justiça também está providenciando a abertura de procedimento investigatório criminal para apurar os danos ao patrimônio público causados pelos presos nas unidades prisionais. Os familiares de detentos que causaram prejuízos fora das penitenciárias também serão investigados.

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