Presidente do TJ diz que presos do PCC estão sendo monitorados no Piauí

O presidente interino do Tribunal de Justiça do Piauí, José James Gomes Pereira, informou na manhã desta segunda-feira (16) que presos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) estão sendo monitorados no Piauí. O TJ está reunindo juízes criminais para tratar sobre a crise no sistema prisional no país. O presidente iniciou a fala informando que a 7ª Vara é um dos gargalos com excesso de presos provisórios. 

O presidente interino reafirma que não existem facções criminosas no Piauí, atuando como um grupo, e que a Justiça disse haver apenas problemas pontuais, como a presença de integrantes no estado, oriundos de outras regiões. 

"O Estado perdeu o controle dentro dos presídios, a nossa sorte é que no Piauí não temos facções criminosas. O que temos são situações pontuais de presos sendo monitorados. No Estado, um outro preso sabemos que pertencem ao PCC. A polícia está monitorando esses que são ligados ao tráfico de drogas. Alguns integrantes estão em choque entre si. O Piauí está fazendo um monitoramento de presos ligados ao PCC, que são cerca de três detentos, mas não temos a presença de integrantes do Comando Vermelho e da Facção Família do Norte (FDN)", disse. 

O desembargador informou que a ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, comunicou em reunião em Brasília que o Piauí recebeu R$ 50 milhões para a abertura de novas vagas nos presídios para desafogar o sistema.

O presidente do TJ anunciou que vai designar quatro juízes para auxiliar para auxiliar as varas criminais em Teresina, Parnaíba e Picos. Na próxima quarta-feira (18) vai reunir representantes do Ministério Público e da Defensoria Pública para reforçar as ações concentradas. 

Participa da reunião de juízes criminais de Teresina e interior, também, o corregedor-geral de justiça Ricardo Gentil Eulálio, e o presidente da Associação dos Magistrados Piauienses (AMAPI), Thiago Brandão. 

O desembargador José James disse que está sendo montado um esforço concentrado para que os juízes agilizem os processos, para reduzir os presos provisórios em um prazo de 90 dias. Atualmente, o Piauí tem 4.200 presos e, destes, 65% são presos provisórios, sendo o 2º estado com maior índice. 

O presidente da AMAPI, Thiago Brandão, ressaltou a urgência em se abrir vagas nos presídios. Segundo ele, há mais de 20 anos o estado está com vagas insuficientes. 

"É preciso dar a César o que é de César. Nos últimos 20 anos, o número de vagas foi pouco, por outro lado aumentou o crime organizado, a penetração das drogas e a clientela aumentou muito. Temos dois presídios para ser entregues, esperando há 20 anos", declarou. 

 

Yala Sena (Flash) Maria Romero (Redação) redacao@cidadeverde.com