Atualizada às 10h52
O delegado Laércio Evangelista informou que durante a operação Real foi constatado que a iluminação de todo o condomínio Fazenda Real era ligada diretamente nos postes, sem passar por um medidor. O síndico do local e mais sete pessoas foram autuadas por fraude de energia, no qual a fiança impetrada varia entre cinco e dez salários mínimos. De acordo com o delegado, foi constatado que algumas unidades consumidoras estavam com ligações clandestinas, com medidor fraudado e a maioria sem ter feito nenhum cadastro junto à empresa Eletrobras. “Não justifica dizer que a Eletrobras não foi instalar o medidor, porque o próprio condomínio estava com a iluminação toda ligada direta sem medição alguma, caracterizando furto de energia. É um furto simples, porque não houve nenhuma fraude, nenhuma qualificadora que caracterizasse a modalidade qualificada, mas todos estão sendo autuados em flagrante”, afirmou Laércio Evangelista. Ele disse ainda que as operações serão intensificadas em áreas de invasão na periferia e a outros condomínios de luxo. “O prejuízo chega anualmente a R$ 120 milhões que a empresa deixa de arrecadar e estamos tentando combater essas ligações clandestinas”, declarou o delegado.Atualizada às 10h21
Subiu para oito o número de presos na operação deflagrada em um condomínio de luxo na manhã de hoje (26). Os presos não tiveram a identidade reveladas, mas de acordo com Rafaela Moreira, gerente de fiscalização e combate às perdas, entre os suspeitos estão médico, dentista, funcionário público e uma conhecida artista plástica.
"A operação foi deflagrada com base em um monitoramento. A Eletrobras faz a estimativa de consumo e constatamos que estava incompatível, que havia a possibilidade da existência de ligações clandestinas, ou seja, ligadas à revelia da distribuidora", disse Moreira.
De acordo com a Eletrobras, em 15 das 150 casas existim ligações clandestinas. Ela acrescenta que o síndico foi conduzido para a delegacia em função de irregularidades nas áreas comuns do condomínio.
Atualizada às 09h30
O Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) confirmou que sete pessoas já foram conduzidas na Fazenda Real, condomínio de luxo, na operação deflagrada na manhã desta quarta-feira (26) por desvio de energia constatado pela Eletrobras. Os presos estão sendo levados para a sede do Greco.
Atualizada às 8h50
Casas de um condomínio de luxo estão na mira do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) e da Eletrobras. Por volta das 5h40, desta quarta-feira (26) foi deflagrada uma operação para combater o furto de energia. Até o momento, duas foram presas sendo um morador e o síndico, uma vez que foi encontrada uma ligação clandestina em uma estrutura da administração.Ao todo mais de 15 residências estão sendo vistoriadas. Além da Polícia Civil, equipes de eletricistas, engenheiros e representantes da Eletrobras acompanham a operação e medem o consumo de energia nas residências. Se constatado o furto, o proprietário do imóvel deve ser autuado.
O condomínio fica entre as cidades de Teresina e Altos, as margens da BR-343.
De acordo com informações da Cepisa/Eletrobras, o prejuízo causado pela perda de energia, principalmente devido ao furto, totalizou R$ 506,7 milhões em 2016. Neste ano, já foram realizados 30 prisões relacionados ao crime. Ontem (25), por exemplo, um médico e um servidor do Tribunal de Justiça do Piauí foram presos em outro condomínio da zona leste.
De acordo com o delegado Laércio Evangelista, os levantamentos ainda estão sendo realizados para saber quantos imóveis estão irregulares.
O Cidadeverde.com apurou que em 15 residências visitadas, todas foram constatadas irregularidades, porém nem todas foram constatadas furtos. A Eletrobras encontrou falhas também em algumas construções.
Graciane Sousa gracianesousa@cidadeverde.com