Oito famílias ficam ilhadas e usam canoas para saírem de casa em Teresina

Oito famílias estão ilhadas na Vila Apolônio, na zona Norte de Teresina. Para sair das casas, os moradores precisam usar canoas. As famílias temem que o nível das águas do Rio Poti aumente ainda mais e de maneira repentina, provocando uma tragédia.  O acúmulo de água na vila decorre do Rio Poti e de uma lagoa ao lado da vila, que tiveram o nível de água aumentado devido as fortes chuvas regulares que caíram na região. 

A dona de casa Maria Valdemir Pereira dos Santos, 53 anos, mora no local, junto com os filhos. Ela disse que desde o ano passado retirou seus pertences do local e levou para casa de amigos. Dona Maria lamenta a situação e diz que não tem para onde ir. 

"Minhas coisas estão na casa de outra pessoa desde o ano passado. A situação da casa do meu filho (vizinho dela) é crítica, porque a pessoa não tem um lugar digno para morar. Não temos ajuda de ninguém só de Deus, os políticos só vêm na época de eleição, pedir voto e passou, acabou-se! A gente não deixa aqui porque não tem para onde ir. Tem uns cinco anos dizendo que vão tirar a gente daqui e nunca chegou nossa vez", declara a moradora da Vila que precisa usar canoa para sair de casa.

Nesta quarta (03), o Rio Poti alcançou oito metros e atingiu a cota de atenção na zona urbana de Teresina. A informação é da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). Mais uma vez, o ponto turístico Encontro dos Rios corre o risco de ficar alagado. Em anos anteriores, ele sofreu com o aumento considerável dos rios Parnaíba e Poti. Ele também está localizado na zona Norte da capital.   O Programa Lagoas do Norte realiza o monitoramento diário do nível dos rios Poti e Parnaíba junto aos órgãos federais responsáveis pelas medições.

 

Carlienne Carpaso e Roberta Aline Com informações da repórter Mayra Monteiro carliene@cidadeverde.com