“Resolvi me mudar, ontem à tarde, porque estava com medo das chuvas anteriores. Foi um milagre eu ter escapado porque a chuva começou por volta das 6 horas (da tarde). Só estou viva por causa disso”, diz a jovem mãe entre lágrimas. Ela agora espera ajuda da prefeitura e da Agência de Desenvolvimento Habitacional (ADH) para reconstruir sua casa.
Francisca Gomes, mãe da Fátima, mora próximo ao local. Ela descreve que durante o temporal de ontem ouviu um barulho muito forte, mas não imaginou que fosse a casa da filha dela desabando.
Por pouco Ana Maria dos Santos Sales arriscou a própria vida e de sua filha pequena ao ficar em casa durante a chuva. Metade da sua casa caiu. “Eu tenho que ficar na minha casa. Não posso ir pra casa de ninguém”, desespera-se. Ela afirma que na residência de seus familiares já tem muita gente. Diversas famílias que não tiveram suas moradas atingidas estão tirando tudo o que podem. É o que faz o casal Geovane Élson e Joseane Gomes. Ao chegar do trabalho ontem, Geovane tocou a parede do imóvel e sentiu que ela balançava. “Ficamos com medo, passamos a noite aqui, mas com essa preocupação”, descreve. Os dois alugaram uma casa próximo ao local e estão realizando a mudança agora. “A sorte é que nós ainda não temos filhos, porque a preocupação seria maior”, diz Geovane. Ele diz ainda que a associação do bairro e a prefeitura realizaram um projeto para construir casas no local, mas até agora nada foi apresentado. Primavera Na rua Lili Lopes, próximo à ponte da Primavera, a chuva também não deu trégua. As águas atingiram as residências próximas à esquina da rua e chegaram a atingir meio metro de altura vindas do quintal. O aposentado Sebastião Pereira vive há 25 anos na mesma casa no bairro e afirmou que esta enchente acontece todos os anos. “É um problema recorrente, mas ficou pior depois da construção da avenida nova. Já tirei todos os móveis da minha casa”, descreve. Flash de Leilane Nunes (direto do local) Redação: Carlos Lustosa Filho