Morte de 2 mil animais pode contaminar rio em Cocal

A contaminação do leito do rio Pirangi, num raio de 50 km de extensão, é um perigo iminente nos povoados atingidos pelo rompimento da barragem Algodões I, em Cocal (a 268 km de Teresina). Aproximadamente dois mil animais, segundo cálculos dos agricultores da região, estão mortos nas margens do rio podendo contaminar a água que a população consume, principalmente após o desastre, além de causar doenças aos pescadores e aos trabalhadores rurais.

“É preciso à destruição dos animais para evitar a contaminação da água. Estamos vendo se é necessário a cremação ou o enterro, já que os animais estão em decomposição e úmidos”, disse o tenente-coronel Alexandre Lucas Alves, da Defesa Civil Nacional, e que está em Cocal desde quarta-feira comandando as operações na cidade.   Fotos: Yala Sena/Cidadeverde.com

Tenente-coronel Alexandre Lucas Alves da Defesa Civil Nacional

Os povoados em que os animais são vistos na beira do rio e próximos as comunidades são Angico Branco e Franco, localidade que foram totalmente destruídas.

Nos 18 povoados que foram arrastados pela correnteza, na última quarta-feira, 100% da região teve a agricultura desvastada.  O prejuízo na colheita é mais do milho, feijão, arroz e mandioca, que a maioria planta para a sobrevivência.  

Duas crianças desaparecidas

Levantamento divulgado na noite deste sábado pela Defesa Civil do Piauí é que o número de óbito ainda é de sete e não de oito como foi divulgado. Duas crianças, uma de seis anos e outra de um ano e três meses continuam desaparecidas.  As buscas continuam neste domingo com apenas três helicópteros, já que duas aeronaves tiveram problemas e suspenderam o socorro.       Yala Sena (direto de Cocal) yalasena@cidadeverde.com
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