Foto arquivo Cidade Verde
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, publicou portaria no dia 3 de março onde declarou estado de emergência ambiental em risco de incêndios florestais no estado do Piauí.
A portaria contempla não só o Piauí, como outros estados que o Ministério considerou que possuem riscos de incêndios florestais neste ano de 2023.
No caso do Piauí, a situação de emergência é nos meses de abril a novembro deste ano na mesorregião Sudeste do estado. Já entre maio a dezembro a situação emergencial se estende para as mesorregiões Centro-Norte, Norte e Sudoeste piauiense.
Confira aqui a portaria
Não consta na portaria quais foram os dados ou informações que levaram o Ministério para a decretação da situação de emergência. Além do Piauí, estados como o Ceará, Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, Recife, Maranhão, Amazonas, entre outros também são citados.
Felipe Gomes, que é auditor fiscal ambiental na Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar), informou que a medida é feita com antecedência pelo órgão para que ocorra um planejamento das ações.
“Essa é uma portaria que é de praxe, todos os anos é publicada no mês de março com o intuito de fazer com que os estados comecem a planejar as ações preventivas. O objetivo é acender um alerta para que já seja iniciado um planejamento das ações”, explicou.
Ele destacou que nesse início de ano, devido ao período chuvoso são poucas as ocorrências de queimadas e que a maior incidência acontece no segundo semestre.
“No nosso estado o decreto de emergência ambiental é realizado no segundo semestre, que é quando tem mais ocorrências e também que são maiores, mais abrangentes. Agora nesse período são poucas ocorrências, pontuais devido a algumas práticas, mas sem chances de serem muito grandes, de pegar muita área”, explicou.
Agora a situação caracterizada como emergencial vai permitir que o governo federal, por meio do Meio Ambiente e Mudança do Clima, assim como o estado, adote medidas e faça planejamentos para o atendimento da situação.
Contratação de brigadistas
Gildênio Sousa, coordenador da Prevfogo do Ibama, informou que a portaria também é uma das medidas essenciais para que possa ser dado início a contratação de brigadistas temporários que irão atuar nesse período.
"Essa portaria é um dos pontos importantes do programa do Ibama para brigadas federais, tanto institucionalmente quanto em relação ao orçamento, pois é preciso de três portarias, e essa foi a primeira, para que então a gente consiga autorizar a contratação de brigadistas temporários que vão atuar nesse período", informou.
Ele destacou que um ponto importante da portaria é a extensão desse período emergencial até dezembro, antes iria até novembro, mas diante das atuais mudanças climáticas, as chuvas estão cada vez mais irregulares, por isso é necessário manter por mais tempo os brigadistas contratados.
Gildênio afirmou que ainda vai pleitar um aumento da brigadistas para o estado. "Temos 4 brigadas em Curimatá, Alvorada do Gurguéia, Floriano e Uruçuí. São 60 pessoas, mas vamos pedir um aumento para mais 7 para o esquadrão de Alvorada de Gurguéia, pois é uma região que precisa de mais apoio. Já ocorreu um aumento no período emergencial, então achamos que o próximo passo é aumentar a quantidade de brigadistas, e é o que vamos pedir", finalizou.
Bárbara Rodrigues redacao@cidadeverde.com