Representantes da Abrajet Piauí visitam Jalapão, “paraíso no Cerrado”, e relatam impressões

Patrimônio natural brasileiro, o Parque Estadual do Jalapão, no estado do Tocantins, é um dos mais desejados destino turístico apontados pelos brasileiros em 2024. Para participar de encontro e de visitação representantes da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (Abrajet Nacional) e da diretoria do Piauí estiveram no estado discutindo formas de fortalecer o turismo e integrar os estados.

A Abrajet Piauí participou do Encontro do Conselho Nacional da Abrajet, através de seu presidente e vice presidente, Nicolas Barbosa e Margareth Leite.   

O Jalapão é uma região enorme que compreende dois munícipios: Mateiros e São Félix do Tocantins. As belezas e peculiaridades do lugar compensam toda dificuldade do trajeto, geralmente percorrido em veículos com tração em quatro rodas.

A viagem foi realizada após reunião do Conselho da Abrajet Nacional, ocorrido em Palmas (TO), nos dias 19 e 20 de junho. No dia seguinte, um grupo de 18 jornalistas de vários estados brasileiros teve a oportunidade de conhecer o Jalapão. 

A primeira parada foi no Cânion Sussuapara. A temperatura cai bastante no pequeno cânion e a água que desce de uma corredeira forma um lago raso, onde pudemos nos refrescar caminhando nele. Os paredões que dão origem ao cânion desenha o trajeto a ser visitado.

A parada seguinte foi na comunidade quilombola Rio Novo. Lá pudemos degustar uma comida caseira em um dos restaurantes locais. O elogio à qualidade e simplicidade dos pratos foi unânime. Após o almoço, podemos descansar em um redário, uma maravilha. 

As casas eram de palha e protegidas com tela contra mosquitos e no chão areia. Depois desse lugar pitoresco, seguimos rumo às famosas Dunas do Jalapão, onde pudemos apreciar a um lindo pôr do sol e, ao mesmo tempo, o nascer da lua cheia. 

O primeiro pernoite foi em uma das pousadas de Mateiros, região em crescimento. 

No dia seguinte foi para conhecer algumas atrações de Mateiros: a Cachoeira da Formiga, um riacho com uma pequena cachoeira e uma correnteza forte, com águas transparentes e cercada de vegetação densa, com muitas palmeiras de buriti. 

A parada foi no fervedouro dos Buritis, um olho d’água cercado de palmeiras e bananeiras, com águas transparentes e no fundo uma areia branca e fina, de onde podíamos ver a água brotando do fundo da terra, um lugar mágico. 

“Vimos que os moradores cuidam muito bem desses santuários. Lá só podem entrar no máximo 10 pessoas e essas ficam por no máximo 20 minutos. Para que outros grupos possam reversar e não causem muitos danos no lugar”, disse Margareth Leite que é fotógrafa e vice-presidente da Abrajet Piauí.

Na tarde do segundo dia, foi a vez de visitar a comunidade quilombola Mumbuca, terra do famoso artesanato feito com Capim Dourado. Lá vimos um bom exemplo de turismo de base comunitária, onde os moradores fazem uma apresentação contando e cantando a história do lugar.

No fim da tarde, alguns abrajeteanos foram praticar o boia-cross no rio Novo. À noite, tivemos a experiência de tomar banho no fervedouro Alecrim.

No dia seguinte foi o retorno a Palmas e momento para contemplar o Morro da Catedral, que fica em uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).

O grupo seguiu para Taquaruçu do Porto, distrito localizado a cerca de 30 km de Palmas, que tem como atração principal dezenas de cachoeiras. O almoço foi em uma delas, a Cachoeira do Evilson.

O último pernoite foi na Pousada Aldeia da Serra, em Taquaruçu. Construída em uma mata de coco babaçu, preserva o meio ambiente sem lhe causar danos.