Diagnóstico prevê risco de alagamentos como de 1985 em Teresina; PMT e governo acionam órgãos

Um grupo de trabalho foi montado na manhã desta terça-feira (9) após um diagnóstico apontar previsões de chuvas intensas com o fenômeno La Niña em Teresina. O estudo prevê risco de alagamentos como ocorreu em 1985 que causou estragos e deixou famílias desabrigadas.  

O grupo é formado por órgãos dos governos federal, estadual e municipal. Pela primeira vez, a prefeitura tenta montar um grupo de coalizão para a prevenção e monitoramento das mudanças climáticas na capital. 

Durante reunião no Palácio da Cidade, o coordenador da Agenda 2030, Leonardo Madeira trouxe uma imagem aérea de 1985 mostrando o impressionante alagamento que a zona Norte de Teresina sofreu com as cheias dos rios Poti e Parnaíba. 

“Se tivermos chuvas com mais intensidade, as águas tendem a se espalhar ainda mais”, disse Leonardo Madeira mostrando uma simulação de uma possível cheia dos rios na zona Norte. 

Segundo os estudos, a zona Norte de Teresina é uma das áreas de maior risco de enchentes

Leonardo disse que há uma previsão de necessidade de 100 milhões de dólares para conter desastres em Teresina. Ele lembrou que Teresina já definiu um plano e os estudos apontam ondas de calor e chuvas intensas, provocando alagamentos, deslizamentos e enchentes, afetando também o crescimento das doenças provocada pelas arboviroses. 

Imagem que foi mostrada na reunião

“O grupo de coalizão é importante para a prevenção de desastres e o monitoramento para termos decisões mais assertivas para salvaguardar vidas”, disse Leonardo. 

Na reunião, o secretário de Planejamento, João Henrique Sousa, disse que o PAC foi aprovado R$ 26 milhões para a reconstrução da lagoa dos Oleiros. 

Werton Costa, da Defesa Civil do estado, destacou a importância da união de forças e disse que o fenômeno La Niña vai impactar no clima.

“Vamos trabalhar com dois cenários. Um de chuvas intensas com risco reduzido ou de enchentes da capital”, disse Werton Costa. 

Participaram da reunião, representantes das Defesa Civil do estado e do município, Sasc, MPE, MPF, Defensoria, Fundação Municipal de Saúde, Secretarias de Meio Ambiente do estado e do município, além das Saads.