Colômbia mostra mais repertório que Uruguai, segura vitória e vai à final da Copa América

A Colômbia vai encarar a Argentina na final da Copa América Os colombianos eliminaram o Uruguai, na semifinal, nesta quinta-feira, no Bank of America Stadium, em Charlotte, nos Estados Unidos. 

A decisão será no domingo, às 21h (horário de Brasília), no Hard Rock Stadium, em Miami. No mesmo horário, mas um dia antes, os uruguaios disputam o terceiro lugar contra o Canadá no estádio que recebeu o jogo desta quarta-feira.

As duas equipes chegaram à semifinal com os melhores ataques da competição - Colômbia, com 11 gols; Uruguai, com nove. Isso foi refletido durante o primeiro tempo. 

Mas, enquanto os colombianos mostravam repertório com jogadas trabalhadas aliadas a cruzamentos, os uruguaios apenas recorriam a Darwin Núñez. Ao cabo, essa dinâmica foi determinante para definir o finalista.

A torcida colombiana foi maioria entre os 70.644 torcedores presentes e pintou de amarelo as cadeiras do estádio de Charlotte. Além disso, outro desafio de Marcelo Bielsa foi montar o time uruguaio sem Ronald Araújo, que saiu lesionado contra o Brasil. 

Assim como nas quartas de final, entrou Gimenez, mas em um esquema com três zagueiros. A tática se desfez ao que Bentancur saiu lesionado na primeira etapa. Ele e De La Cruz, que acumulou amarelos, não jogam a próxima partida.

Darwin Núñez foi bem em encontrar espaços, mas pecou nas finalizações. Em 30 minutos, ele perdeu três boas chances de marcar. Logo fez falta. No fim do primeiro tempo, James Rodríguez cobrou escanteio para Lerma cabecear e abrir o placar. 

O camisa 10 colombiano chegou a seis assistências na Copa América, número recorde desde que a estatística passou a ser computada, na edição de 2011.

Com a bola no chão, a Colômbia passou a mostrar ainda mais porque empolga tanto. O palmeirense Richard Ríos é uma das peças fundamentais no desafogo do meio de campo colombiano e conseguia trocar passes rápidos com James.

Do outro lado, Bielsa pedia calma. O gol abalou os nervos dos uruguaios.

A contradição, neste momento, ainda no fim do primeiro tempo, foi a expulsão do colombiano Muñoz por falta em Maximiliano Araújo. Em provocações após o lance, Ugarte também agrediu o camisa 21 da Colômbia, mas não foi advertido pelo árbitro argentino Dario Herrera.

A segunda etapa começou com a preocupação de Bielsa em ocupar o campo ofensivo, por meio das entradas de Arrascaeta e Cristian Olivera. Já Néstor Lorenzo preferiu a cautela. Saiu John Arias e, depois, Ríos e James.

Caberia ao Uruguai impor o jogo para recuperar-se, já que a Colômbia, com um a menos, abdicava de jogar para segurar o placar. A equipe de Bielsa não conseguiu criar chances, até o ingresso de Luis Suárez, que ajudou a abrir mais espaços, mas perdeu chances.

A partida virou uma simulação de ataque contra defesa, elevando o nervosismo. Em chance colombiana, Uribe deixou de matar a partida, ao chutar para fora em falha da defesa uruguaia. Ele ainda perderia mais uma finalização, que explodiu no travessão, nos acréscimos.

De volta à dinâmica de quase todo o segundo tempo, o Uruguai lançava-se para o ataque nos minutos finais. A equipe teve pouca variação nas jogadas e desperdiçou finalizações, mas demonstrou vontade até os últimos minutos. Não foi suficiente.

O alívio da Colômbia e a lástima do Uruguai confirmaram-se no apito final de Dario Herrera. Os uruguaios perderam a chance de buscar o 16º título, como fará a Argentina. A Colômbia busca levantar a taça pela segunda vez, repetindo o feito de 2001.