Entenda para quem a vacina da coqueluche é recomendada

Fonte: Arquivo/Cidadeverde.com

O Brasil registrou desde o começo do ano, 115 casos de coqueluche, segundo dados do Ministério da Saúde (MS). A doença, que pode ser fatal em crianças, conta com uma vacina disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).

A região Sudeste conta com o maior número de casos. São 86, de acordo com a atualização mais recente, do dia 10 de junho. O Sul aparece na sequência, com 24. Em terceiro, está o Nordeste, com 3. Fecham a lista o Centro-Oeste, com 2 casos, e o Norte, com 0.

Mas o que é coqueluche?

A coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada pela bactéria Bordetella Pertussis — presente em todo o mundo. A principal característica da doença são crises de tosse seca. Pode atingir, também, tranqueia e brônquios. No caso das crianças menores de seis meses, os sintomas podem evoluir para outras complicações que, caso não sejam tratadas, podem levar à morte. Apesar disso, até o dia 10 de junho, nenhum óbito foi contabilizado pelo MS.

Para quais grupos a vacina é recomendada?

O Ministério da Saúde destaca três grupos de recomendação da vacina. Os três podem receber o imunizante no SUS.

Crianças de até 6 anos, 11 meses e 29 dias; Gestantes; Profissionais de saúde que atuam em maternidades e unidades de internação neonatal, atendendo recém-nascidos e crianças menos de 1 ano.

Como a coqueluche é transmitida?

A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. Em alguns casos, a transmissão pode ocorrer ainda por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes.

Quais são os sintomas iniciais?

Os sintomas da coqueluche podem se manifestar em três níveis. No primeiro nível, o mais leve, os sintomas são parecidos com o de um resfriado. Eles incluem:

Mal-estar geral; Corrimento nasal; Tosse seca; Febre baixa.

O Ministério da Saúde ressalta que os sintomas iniciais podem durar até semanas, época em que a pessoa também está mais suscetível a transmitir a doença. No estágio intermediário da coqueluche, a tosse seca piora e outros sinais aparecem.

Como é o tratamento?

O tratamento da coqueluche é feito basicamente com antibióticos, que devem ser prescritos conforme cada caso. O Ministério da Saúde lembra que é importante procurar uma unidade de saúde para receber o diagnóstico e tratamento adequados assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas.

As crianças, quando diagnosticadas com coqueluche, frequentemente ficam internadas, tendo em vista que os sintomas nelas são mais severos e podem provocar a morte.