Cientistas fazem expedição e recolhem fragmentos que podem ser de meteorito que caiu no Piauí

A expedição de cientistas piauienses que foram até a região do município de Padre Marcos, localizada a cerca de 390 km de Teresina, encontrou fragmentos de rochas que podem ser pedaços do meteorito que clareou o céu e assustou moradores do Sudeste do Piauí, entre os municípios de Jaicós, Campo Grande do Piauí, Alegrete e Marcolândia.

O grupo de cinco cientistas da Sociedade Científica Graviton, que é uma instituição sem fins lucrativos com para a divulgação de fenômenos relativos à astronomia, saiu no sábado (27) de Teresina em direção a Padre Marcos, e retornou no domingo (28). Eles percorreram uma área de aproximadamente 16 km² onde grupos de pesquisa, incluindo a Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon), apontaram como possível local onde o astro teria caído.

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Os expedicionários foram com um detector de metais para auxiliar na localização dos vestígios - o meteorito são caracterizados por terem metal em sua composição, o que os fazem terem a característica de ímã - são atraídos por outro metal. 

De acordo com o líder da expedição, o astrônomo Edwar Montenegro, embora não tenha sido localizado nenhum detrito que pudesse ser identificado como do meteorito à primeira vista, alguns vestígios foram recolhidos para análise.

"A gente não encontrou uma mostra que desse a certeza de imediato que seria um detrito do meteorito, colhemos algumas amostrar para posterior análise, umas mostras que pareciam suspeitas, que podem ser também de outros meteoritos anteriores, não só esse", disse.

Foto: Bramon

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Os vestígios de meteorito procurados pelos pesquisadores são oriundos de um meteoro que, de acordo com os pesquisadores, se desfragmentou em solo piauiense. Os astrônomos acreditam que a 'bola de fogo' se desfez a cerca de 55 km do solo, onde podem ter caído os vestígios.

Foto: Bramon

A equipe passou 16 horas sob o sol na busca pelos vestígios. Para a "caça aos meteoritos", a equipe fez uma vaquinha que arrecadou cerca de R$ 600, o que ajudou a custear a expedição. De acordo com o astrônomo, a experiência serviu para melhorar as metodologias em outras expedições.

Os vestígios encontrados serão analisados de forma minuciosa para serem encaminhados ao Museu Nacional, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde é feita uma análise mais esmiuçada.

Foto: Reprodução