Por que ter um tumor não significa necessariamente que é câncer? Entenda

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Após passar mal em sua estreia nas Olímpiada, a esgrimista brasileira Nathalie Moellhausen acabou eliminada da competição. O motivo do mal-estar: foi detectado um tumor benigno na região do cóccix e sua cirurgia para a retirada está marcada para segunda-feira (29). Por que ter um tumor não necessariamente significa que é câncer?

Segundo o Hospital Albert Einstein, a principal diferença entre um tumor cancerígeno e o benigno é que o primeiro invade outros tecidos e órgãos, enquanto o segundo não. Outra distinção é em sua "anatomia": quando é câncer, o tumor apresenta bordas irregulares e cresce de forma mais rápida e agressiva, já o benigno tem bordas distintas, lisas e regulares.

Os três tipos de tumores benignos mais comuns, de acordo com a instituição, são o lipoma com origem no tecido gorduroso na pele, responsável por despontar um caroço geralmente em alguma parte da pele, cabeça, pescoço ou tronco; miomas, que atingem o útero e o adenoma, que afeta a hipófise, responsável por controlar diversas glândulas endócrinas do corpo.

Como saber se é benigno ou maligno?

No entanto, para determinar se o tumor é benigno ou maligno, é preciso de exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética e, para descartar o diagnóstico de câncer, biópsia da região corporal afetada, que foi o caso da esgrimista, segundo o Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Os sintomas também variam de acordo com a parte do corpo atingida. No caso de Nathalie, ela teve dor na região do cóccix. Se for no cérebro, por exemplo, pode causar convulsões. Ainda segundo o Einstein, em geral, os tumores benignos causam dor e desconforto na região afetada.

Como tratar um tumor benigno?

Ainda que não se desenvolva e invada outros órgãos e tecidos, dependendo do tamanho, eles podem comprimir os órgãos e os tecidos vizinhos, por isso é indicada cirurgia para a retirada em alguns casos, segundo o Einstein. Em outros, a indicação é apenas de acompanhamento clínico do tamanho do tumor. Diferentemente de um tumor maligno, quando eles são retirados, não voltam a aparecer.

Tumor benigno pode virar maligno?

A maior parte deles, não, mas alguns, como os que atingem a região do cólon ou a pele, merecem mais atenção e acompanhamento clínico, segundo o Hospital.