Bonfim Filho: "Hoje, bandido teme investigação da Cico"

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver crescer as injustiças, de tanto ver agigantar-se os poderes nas mãos dos homens, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto".

A frase do escritor Ruy Barbosa mostra um desencanto com o mundo e a sociedade. E é contra essa impunidade que surgiu a Comissão Investigativa do Crime Organizado (Cico), grupo especializado da Polícia Civil do Piauí. Em seus dez anos de existência, celebrado neste dia 13 de outubro, a Cico tem em seu currículo o desmantelamento de inúmeras quadrilhas, prisão de cerca de 800 pessoas e abertura de 680 inquéritos policiais.   Foto: Yala Sena/CidadeVerde.com

O presidente da Cico, Delegado Francisco Carlos do Bonfim Filho fala ao CidadeVerde.com sobre a importância da Comissão na resolução de inúmeros crimes graves que aconteceram no Piauí.

A Cico foi instaurada em 1999 durante o governo Mão Santa. Carlos Alberto de Melo Lôbo, era o então Secretário Estadual de Segurança e a Polícia Civil, encabeçada pelo Delegado-Geral Bonfim Filho e superintendente da Polícia Federal, Robert Rios.

Na época, a Polícia Federal elaborou um dossiê sobre uma quadrilha que envolvia policiais civis e militares no Piauí, comandado pelo comandante da Polícia Militar na época, coronel José Viriato Correia Lima. Através de autorização do juiz da 3ª Vara Federal, Rui Costa Gonçalves, foram realizados os trabalhos investigatórios do caso e a pedido do governador Mão Santa, o secretário de segurança criou a Cico. Bonfim faz questão de destacar ainda a participação de três promotores de Justiça tiveram papel fundamental: José Hamilton Bezerra, Afonso Gil Castelo Branco e Eliardo Cabral e do delegado da PF, Airton Franco neste processo.

CasaA primeira sede da Cico funcionou no prédio da Polícia Federal do Piauí até 2003 quando foi transferida para sua sede própria no bairro Três Andares.

A Comissão trabalha atuando em ações contra o crime organizado, sequestro, roubo de bancos e carro-fortes, crimes de pistolagem entre outros crimes de grande repercussão.   Bonfim diz ainda que hoje em dia, as quadrilhas temem a investigação da Cico. "Temos relatos de pessoas de outros estados que foram presas e temem o trabalho da Cico, pois dizem que ela investiga até prender a quadrilha", pontua.   Carlos Lustosa Filho redacao@cidadeverde.com
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