Luz para Todos: MPF/PI decide arquivar caso da Operação Navalha

O Ministério Público Federal no Piauí arquivou procedimento que apurava fraude no programa Luz para Todos, que cuida da universalização do acesso a energia elétrica. Investigação da Polícia Federal, a operação Navalha havia flagrado uma funcionária da construtora Gautama usando a entrada privativa do Ministério das Minas e Energia supostamente para pagar proprina.  Segundo o jornal Folha de São Paulo do último sábado (23), Valter Cardeal, diretor da Eletrobras, e Silas Roudeau, que substituiu a agora candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) no Ministério das Minas e Energia, estão entre os denunciados pela Procuradoria Geral da República por formação de quadrilha e gestõa fraudulenta. Outras 12 pessoas também foram investigadas por participação. O Superior Tribunal de Justiça, pensanto em acelerar as condenações, desmebrou a ação antes de aceitar a denúncia. O Ministério Público deveria confirmar as acusações para dar seguimento ao processo. No entanto, o procurador Leonardo Carvalho Oliveira sugeriu o arquivamento no último junho, o que foi homologado na semana passada. Ele alegou que o Tribunal de Contas da União havia acatado as justificativas apresentadas pelos investigados.  Leonardo Oliveira não quis falar com a Folha de São Paulo sobre o caso. O Ministério Público Federal no Piauí informou que não há outro procedimento interno relativo ao Luz Para Todos, construtora Gautama ou operação Navalha. A ministra Eliana Calmon, do STJ, lamentou o arquivamento. "Eram fatos graves que mereciam, pelo menos, serem investigados em mais profundidade. O fato do TCU ter aprovado as contas não tem nada a ver. Não havia condição da empresa [Gautama] ganhar licitação, foi direcionada", disse ao jornal. Valter Cardeal não quis comentar a decisão. Ele sempre negou participação no suposto esquema. Não localizado, Silas Rondeaus sempre negou envolvimento em desvio de verbas. Com informações da Folha de São Paulo redacao@cidadeverde.com