Juiz de Parnaguá depõe no TJ por 6 horas e nega venda de sentenças

Fotos: Thiago Amaral O juiz de Parnaguá, Carlos Henrique Teixeira, 55 anos, deixou o Tribunal de Justiça do Piauí por volta de 17h30 desta segunda-feira (22), após prestar depoimento na presença do desembargador Luiz Gonzaga Brandão de Carvalho. Ele foi preso na operação Mercadores, deflagrada pela Polícia Federal na última sexta-feira para desbaratar um suposto esquema de grilagem de terras no sul do Estado. O depoimento começou às 11h da manhã e durou cerca de seis horas. O magistrado negou as acusações de venda de sentenças. O advogado José Vinícius Farias dos Santos disse que não há provas de que o juiz tenha participado do esquema. Ele citou que existem discussões em torno de dois terrenos: um na comarca de Curimatá, que não teria sido vendido e alguns envolvidos citaram que ele teria participação no esquema; e outro em Corrente, no qual o acusado reside.  "No mais é só conversa telefônica em que terceiros falam em nome do juiz", acrescentou o advogado de defesa, que pediu a revogação da prisão temporária de cinco dias, que termina amanhã, mas pode ser prorrogada para mais cinco. O desembargador Brandão de Carvalho dará posição nesta terça-feira.  Brandão confirmou que o juiz alegou inocência no depoimento, mas disse não poder dar mais detalhes em função do caso estar em segredo de Justiça. Além do desembargador, os dois promotores que acompanham o caso e o advogado de defesa estiveram no depoimento, que ocorreu a portas fechadas. Ao sair do TJ/PI, o juiz foi perguntado pelo Cidadeverde.com sobre as acusações. Carlos Henrique Teixeira apenas disse ser inocente e que já apresentou toda a sua defesa. Em seguida, retornou para o quartel do Comando Geral da Polícia Militar, onde está preso. Yala Sena (flash do TJ/PI) Fábio Lima (da Redação) redacao@cidadeverde.com