"É uma tragédia", diz diretora sobre assassinato no Lar da Esperança

O interno Luiz Lima Costa Filho, 34 anos, do Lar da Esperança, foi assassinado com um corte no pescoço na sede da entidade na madrugada desta sexta-feira (29). De acordo com o comandante de Policiamento da Capital, Coronel José Fernandes Albuquerque, o suspeito de ter praticado o crime foi identificado como Sebastião Veríssimo da Silva, um outro interno do local.TV Cidade VerdeSebastião é suspeito de cometer o crimeLuiz Lima foi morto com um corte no pescoçoA coordenadora do Lar da Esperança, Graça Cordeiro, diz que todos os funcionários e internos da Casa estão bastante abalados com o crime. "Foi uma coisa muito triste, de se lamentar. Não sabemos de nada, nem como aconteceu, não houve grito ou gemidos. Só sabemos que o que estava ferido gritou com a voz muito ruim e bateu na porta. O rapaz do quarto ao lado ouviu, foi até lá, chamou, e quando abriu a porta e viu que ele estava morto", conta.Graça Cordeiro, coordenadora do Lar da EsperançaEla diz que a vítima, Luiz Lima, era natural de Timon e frequentemente se internava no Lar e depois voltava para casa, no Maranhão. Já o suspeito, Sebastião, havia chegado ao abrigo há cerca de 20 dias."Os dois participavam muito da casa, em nenhum momento transpareceu que eles tivessem briga, rixa ou alguma coisa. A polícia considera o Sebastião suspeito porque ele estava no mesmo quarto e não estava mais quando o outro foi encontrado. A polícia nos disse também que dois rapazes que estavam nos fundos viram uma pessoa pulando o muro", narra Graça.A coordenadora diz que vítima teve o pescoço cortado e apresentou ainda duas pequenas perfurações no corpo e um corte na coxa. A faca utilizada no crime foi encontrada sob o lençol de uma das camas do quarto.TrabalhoGraça Cordeiro informou ainda ao CidadeVerde.com que todas as pessoas do Lar da Esperança estão bastante abaladas e até mesmo com medo após o episódio. "É um clima de muita tristeza, muito medo. Não conseguimos dormir, estamos em estado de choque. Só não a criança e mais debilitados não viram a cena, mas já estão sabendo o que aconteceu", pontua.Segundo ela, o Lar da Esperança irá continuar com a sua proposta de ajudar o próximo e as pessoas portadoras de HIV. "A nossa proposta não é de violência. Todos os que nos conhecem sabem disso. Não sabemos dizer o que aconteceu. Só sabemos que foi uma tragédia", lamenta.Carlos Lustosa Filhoredacao@cidadeverde.com