Pai de Fernanda faz desabafo e pede intervenção da OAB e Procuradoria

O pai da estudante Fernanda Lages Veras, Paulo Lages, fez um desabafo em entrevista ao Jornal do Piauí nesta terça (13). Ele visitou o procurador geral da República, Marco Túlio Caminha, para pedir apoio nas investigações. O pai teme que o crime seja considerado suicídio e foi pedir intervenção do Ministério Público Federal.

A família ameaça federalizar o crime – pedir que a Polícia Federal assuma o caso – se a Cico não conseguir desvendar o assassinato no prazo de 30 dias. 

"Viemos aqui [ao MPF] buscar mais apoio para o crime não ficar impune. Conhecia a minha filha. Jamais ela ia chegar num prédio daqueles para se matar. Ela não tinha problema nenhum de convivência nem de doença. Eu tenho certeza que ela foi levada para lá e lá fizeram o que fizeram. Ela era uma pessoa normal, que estudava e trabalhava e saía para se divertir. Eu falava com ela todo dia e ela não tinha demonstrado nada. A certeza que será desvendado eu tenho. Queria pedir ao governador, que passou pelo problema de perder um filho, que esse crime não pode deixar de ser desvendado", disse Paulo Lages.

Segundo o pai, o procurador Marco Túlio demonstrou que dará apoio à família.

Paulo comentou as especulações sobre a hipótese de suicídio. Ele considera impossível e pede que autoridades não façam "besteira". "Às 19h35 [no dia do crime] eu falei com ela. Estava normal. Aí acontece isso 5h da manhã. Ela tinha muitas amizades, era ingênua também, foi envolvida com amizades que levaram a isso. Uma obra dessa que tem vigia, uma pessoa entra lá e ninguém viu nada? Nós acreditamos nos peritos. As pessoas especulam, mas eu que conhencia e acreditava na minha filha, sei. Esse ou esses assassinos não mataram só minha filha, tiraram a minha vida. Peço que não façam besteira porque essa história de suicídio não convence nem a mim nem minha família", declarou.

Segundo o advogado, Lucas Villa, a família contratará um perito particular para o caso. Os laudos da perícia e resultado do exame enviado à Paraíba ainda não foram divulgados. O advogado considera que isso atrapalha a investigação porque a polícia fica sem dados concretos para trabalhar.

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Leilane Nunesleilanenunes@cidadeverde.com