Pelé foi contraditório ao analisar a Seleção Brasileira de Mano Menezes. Disse que não estava preocupado com a preparação para a Copa do Mundo de 2014, apesar de perceber uma carência de jogadores talentosos no país e criticar os amistosos contra times modestos, como o do Gabão. Mas também apresentou uma solução para o Brasil se fortalecer."Na minha época, o nível era outro. Fazíamos amistosos contra as seleções estaduais, como as de Minas Gerais, Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro. É possível repetir isso. Essas seleções seriam muito mais fortes do que algumas que vamos enfrentar. Para não perder tempo, embora os empresários exijam alguns adversários, poderíamos jogar com seleções locais de novo", sugeriu.Saudosista, Pelé lembrou que até os clubes serviram para preparar as Seleções do passado. "Um dos jogos mais difíceis que fiz pelo Brasil foi contra o Corinthians, quando eu me machuquei antes de uma Copa do Mundo. O Grêmio também já representou a Seleção em um Sul-americano. Precisamos ter peito para repetir essas coisas", bradou.Ainda que a sugestão de Pelé fosse atendida, ele duvida da capacidade de o Brasil produzir novos craques até o Mundial de 2014. "Sempre fomos uma máquina de fazer jogadores. Antigamente, dava para formar muitas Seleções. Além de tantos nomes citados, tivemos Sócrates, Zico e, às vezes, alguns desses atletas chegavam a ficar na reserva. Hoje, temos o Neymar, o Borges fazendo gols... É pouco. E não é algo que mude em dois anos", lamentou.Sem os santistas Neymar e Borges, a Seleção Brasileira de Mano Menezes enfrentará o Gabão às 16 horas (de Brasília) desta quinta-feira. O adversário seguinte será o Egito, na segunda-feira.Fonte: Gazeta