Bruno Senna vê Rubinho Barrichello como rival por vaga na F1

No mesmo dia em que a Renault anunciou que Robert Kubica não poderá retomar seu posto de titular da equipe no início da temporada de 2012 da Fórmula 1, Bruno Senna falou, nesta quarta-feira, em São Paulo, sobre a possibilidade de seguir como piloto da escuderia na vaga aberta pelo polonês. Em meio a um evento que antecede o GP do Brasil, que será realizado no próximo domingo, no circuito de Interlagos, o brasileiro confirmou que Rubens Barrichello aparece como "inimigo" nessa disputa por um lugar no cockpit do time que terá o russo Vitaly Petrov como um dos titulares."Todos os pilotos que estão no mercado em busca de um assento são meus inimigos", ressaltou Bruno Senna, que citou o próprio piloto reserva da Renault, o francês Romain Grosjean, e o alemão Adrian Sutil, com futuro indefinido na Force India, como possíveis outras opções da escuderia para 2012.E o sobrinho do tricampeão mundial Ayrton Senna não acredita que apenas um possível bom desempenho nesta prova brasileira, que fecha o calendário de 2011, seja suficiente para convencer os dirigentes da Renault de que ele merece um posto como titular no início do próximo ano. "Seria bom (brilhar no Brasil), mas serei julgado pelo que fiz no conjunto de todas as corridas", acrescentou Bruno Senna, que assumiu o lugar do alemão Nick Heidfeld durante esta temporada da F1.O piloto ainda lembrou que a sua permanência ou não no posto de titular depende de uma série de fatores. Ele próprio admite que ainda é considerado um piloto inexperiente na categoria, enquanto Rubens Barrichello, por exemplo, leva consigo a bagagem de quem almeja disputar, em 2012, a sua 20.ª temporada seguida na F1. O veterano piloto, porém, está com o seu contrato para vencer na Williams, realiza um Mundial muito ruim e pode estar prestes a ficar desempregado."Temos tido conversas animadoras com os patrocinadores e com a equipe. Atualmente, é difícil um piloto chegar à Fórmula 1 se não trouxer um patrocinador ou fizer parte do programa de uma equipe. Sei que a Renault está contente com meu trabalho. Fiz algumas boas corridas, outras nem tanto, mas a questão da falta de quilometragem faz diferença e foi entendida internamente", reforçou, antes de admitir que este momento de incerteza o incomoda. "Tudo o que eu quero agora é acertar minha situação o quanto antes possível para finalmente voltar a fazer um ano estável, o que não tenho desde 2008 na Fórmula GP2."Já ao falar especificamente sobre quais metas pretende cumprir no GP do Brasil, Bruno Senna enfatizou que inicialmente precisa terminar a prova como melhor piloto da própria Renault. "Antes de mais nada, (tenho de) bater o Petrov, porque o companheiro de equipe é sempre a melhor referência. Também seria legal chegar na zona de pontos para terminar o ano com uma nota alta, mas será preciso que os pilotos e a equipe acertem 100%. Mesmo assim, será difícil, porque as características da pista não ajudam nosso carro e as Force India, Toro Rosso e até a Sauber, em algumas vezes, estavam mais velozes nas últimas corridas", analisou. Fonte: Estadão