Juiz deve ser julgado no Piauí antes do STF, defende Amapi

O presidente da Associação de Magistrados do Piauí (Amapi), José Airton Medeiros, diz que é a favor que os juízes que sofrem processos sejam julgados primeiro em seu Estado de origem e só depois, caso seja necessário, passem para a esfera federal. A opinião, dada durante o Jornal do Piauí desta sexta-feira (20), vem em meio à discussão que ocorre no Supremo Tribunal Federal (STF) quanto à atuação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).Fotos: Evelin Santos/Cidadeverde.comUma liminar do ministro do STF Marco Aurélio Mello pode fazer com que cerca de 2.500 processos do CNJ contra juízes de todo o país não sejam julgados pelo Supremo, mas sim pela Corregedoria dos Tribunais de Justiça dos Estados onde os juízes estão lotados. “Isso não significa que os processos 2.500 processos serão arquivados. Eles não serão arquivados, mas modulados. O que se quer é que não se possa abrir o processo para o juiz que não foi processado no seu Estado”, explica Medeiros. Ele acrescenta que em 7 anos de existência do CNJ, nenhum juiz do Piauí foi punido. O presidente da Amapi afirma que esta opção não é uma forma auto-proteção da classe magistrada. “Não estamos querendo nos proteger, isso não é verdade. É um absurdo. Devemos ser processados pela corregedoria e, se houver denúncia de suspeita proteção ou beneficiamento é que esse juiz deve processado pelo Supremo”, aponta. “Quem tem denuncia contra o magistrado do Piauí não poderá fazer direto ao CNJ, mas à Corregedoria, se houver demora, suspeita de proteção, o cidadão ou o próprio CNJ, denuncia a corregedoria ao CNJ”, acrescenta. Redação Carlos Lustosa Filhoredacao@cidadeverde.com