Sinpoluspi denuncia superlotação e falta de comida na presídio de Picos

O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores Administrativos das Secretarias da Justiça e de Segurança Pública do Estado do Piauí (Sinpoljuspi), Vilobaldo Carvalho, denunciou superlotação e falta de comida na penitenciária de Picos.Fotos: Evelin Santos/Cidadeverde.comA acusação foi feita durante entrevista no Jornal do Piauí desta sexta-feira (03) em repercusão a visita do secretário Estadual de Justiça à unidade prisional da cidade piauiense, localizada à 306 quilômetros da capital Teresina.“A situação do sistema prisional vem se agravando com os anos. O que se tem visto na Penitenciária de Picos é grave. O espaço tem 144 vagas e atualmente são 320 presos”, disse Vilobaldo Carvalho.Outro problema apontado diz respeito à redução de alimentação na Penitenciária. A decisão foi expressada através de portaria reduzida de 300 para 200 a quantidade de refeições individuais destinada ao presídio.“Segundo a portaria, a redução se deu para se ter maior controle. Para essa quantidade de presos é necessário até 10 quilos só de carne por dia e o que vai é bem abaixo disso”, pontuou o presidente do Sinpoljuspi.Vilobaldo Carvalho também analisou a falta de efetivo para atuar na segurança da penitenciária. Atualmente, segundo o representante de classe, são quatro agentes dedicados à segurança do local por turno.“É necessário ter mais agentes. Temos 100 pessoas concursadas ainda não chamadas. São quatro agentes por plantão. Deveria ter no mínimo 10. Peço que não se receba mais presos em Picos e que alguns que estão lá sejam transferidos para penitenciária a de São Raimundo Nonato, inaugurada recentemente”, disse o Vilobaldo Carvalho.Penitenciária Major CezarO presidente do Sinpoljuspi criticou que as fugas da penitenciária Major Cezar estão sendo tratadas com naturalidade pela Secretaria de Justiça. “Não posse ser assim. Lá precisa ter mais guaritas com funcionários armados”, disse. Lívio Galenoliviogaleno@cidadeverde.com