Protesto impede saída de dezenas de ônibus na rodoviária Lucídio Portela

Atualizada às 14h04

Os ônibus intermunicipais ficaram parados no Terminal Rodoviário Lucídio Portela, na zona Sul de Teresina, devido à paralisação dos funcionários das empresas que prestam esse serviço. O protesto durou toda a manhã e terminou por volta de 11h40 desta quinta-feira (22).

Os ônibus chegavam dos municípios, trazendo os passageiros até Teresina, e aqui ficaram retidos. A manifestação foi mantida até o final da manhã de hoje.  No Terminal, aproximidamente 30 ônibus ficaram parados. 

A manifestação é por conta do atraso salarial constante, condições de trabalho e também pelo transporte clandestino de passageiro. Atualmente, cerca de 20 emprestas prestam o serviço de transporte de passageiro intermunicipal no Piauí. 

A informação é de que, além do rodoviário terminal, outros pontos de embarque e desembarque de passageiros estão com os ônibus parados, como nos pontos da BR-316 e da Ladeira do Uruguai. 

“Nós deflagramos não uma greve, mas essa manifestação para chamar a atenção dos empresários já que hoje é dia 22 e algumas empresas ainda não pagaram os seus funcionários. Os salários estão constantemente em atraso. Além disso, eles alegam não ter dinheiro porque muitos empresas clandestinas estão tirando os passageiros”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí (Sintetro), Fernando Feijão.

O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Piauí,  Gleisson Barras, disse ao Cidadeverde.com que a crise econômica em que vive o País e a falta de incentivo do Estado do Piauí faz com que muitas empresas não cumpram  todas as solicitações dos funcionários e do acordo coletivo firmado ainda no ano passado.

Para ele,a falta de incentivo por parte do poder público complica as operações no Piauí, pois o transporte clandestino piora ainda mais a situação financeira, complicando ainda mais a falta de repasse. A fiscalização ainda é "muito tímida",lamenta o presidente. 

“A situação financeira de muitas empresas está complicada; é o sistema todo que está por isso o atraso de salários e dos benefícios. Também a ausência do Estado em garantir operações às empresas prejudica, como a tarifa defasada e a falta de incentivo”, comentou. 

Gleisson Barros ressaltou que as empresas estão às vesperas de uma mesa de negociação com os trabalhadores para discutir esses pontos levatados durante a manifestação.

 

 

Carlienne Carpaso carliene@cidadeverde.com