A incessante busca por uma alimentação saudável encontra espaço em uma forma diferenciada de ingerir os alimentos: essencialmente crus. A "dieta viva", denominada oficialmente "crudivorismo", entrou em pauta no cardápio de regime de diversas pessoas que desejam incrementar sabores e benefícios gastronômicos além dos fornos e fogões.
Mas como funciona? No que consiste? Quais os benefícios e os alimentos adequados?
História
Criado nos Estados Unidos na década de 80, o crudivorismo passou por fases de desconfiança até entrar de vez em dietas pelo mundo. Com a ideia de consumo dos produtos na fonte, em sua forma genuína, a dieta é concentrada em alimentos crus, frutas frescas ou desidratadas, vegetais, sementes, grãos germinados ou brotos como trigo, arroz, cevada, centeio, aveia, lentilha, grão-de-bico, ervilha, alfafa e algas.
São toleradas iguarias de origem animal, como mel, laticínios e até peixes, desde que não sejam preparados ao fogo, pois, a partir de 40 graus Celsius, as comidas perdem muito de seus nutrientes, segundo os adeptos
Desintoxicação
As enzimas são responsáveis por fazer a ponte entre os nutrientes e o seu organismo. Ao facilitar a absorção das substâncias boas, melhora a desintoxicação do corpo. E, ao contrário do que se pensa, é possível ingerir ótimas doses de proteínas com as folhas verdes, legumes, abacate e sementes. O espinafre, inclusive, tem quantidade de proteínas maior do que a carne vermelha.
Cuidados
Entretanto, uma coisa deve ser considerada nessa e em qualquer dieta: elas não conseguem abraçar toda a sorte de nutrientes. Assim, na crudívora acontece a ausência de alguns tipos de vitaminas. Uma consulta ao médico é recomendado para definir a suplementação necessária para reposição da vitamina B12, por exemplo.
Um dos maiores benefícios deste padrão alimentar é atribuído ao fato que, ao consumir predominantemente alimentos crus, consequentemente deixa-se de incorporar alimentos ultraprocessados e de menor qualidade nutricional.
Fonte; Estadão Conteúdo