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Saiba como usar o ChatGPT para regular o sono

Por Sbt News

Foto: Freepik

Circulam na internet vídeos e publicações de pessoas que estão tentando regular o sono utilizando a ferramenta de Inteligência Artificial ChatGPT.

A tendência começou depois de uma publicação feita pela tiktoker Julia Toledo. Ela conta que vem usando a ferramenta para essa finalidade.

Funciona da seguinte maneira: cada ciclo do sono deve ter 1h30 de duração. Então, na lógica do Chat GPT, por exemplo, se a pessoa vai dormir às 23h, deve acordar às 8h, às 6h30 ou às 4h. Por que?

"A maioria dos adultos se sente bem com 4 a 6 ciclos de sono por noite, o que significa dormir de 6 a 9horas", segundo o ChatGPT.

De acordo com a influenciadora, acordar no meio de um ciclo do sono, ou seja, ao invés de dormir 7h30, descansar por 8h, "significa o mesmo de acordar com um elefante em cima de você", referindo-se a um possível cansaço sentido após o despertar.

A prática é confiável?
De acordo com o Instituto do Sono, a resposta em relação à quantidade ideal de ciclos por noite está correta, mas não necessariamente acordar no meio de um ciclo causa cansaço. Além disso, o padrão de ciclos de sono muda de acordo com a idade. Por exemplo, crianças dormem muito mais do que os idosos. Enquanto recém-nascidos dormem em média 16 horas por dia, os idosos precisam de 6 a 8 horas de sono.

Veja o número de horas indicado de acordo com sua idade, segundo a National Sleep Foundation:

  • Recém-nascido (0 - 3 meses): 14 a 17 horas por dia;
  • Bebê (4 - 11 meses): 12 a 15 horas por dia;
  • Primeira infância (1 - 2 anos): 11 a 14 horas por dia
  • Idade pré-escolar (3 - 5 anos): 10 a 13 horas por dia
  • Idade escolar (6 - 13 anos): 9 a 11 horas por dia
  • Adolescentes (14 - 17 anos): 8 a 10 horas por dia
  • Jovem adulto (18 - 25 anos): 7 a 9 horas por dia
  • Adulto (26 - 64 anos): 7 a 9 horas por dia
  • Idoso (a partir de 65 anos): 7 a 8 horas por dia

O que mais pode atrapalhar seu sono?

Além disso, há outros fatores que podem influenciar negativamente a qualidade do sono, ainda que a quantidade de horas esteja correta de acordo com sua faixa-etária.

Uma delas é o consumo de bebida alcoólica antes de dormir, que pode reduzir o sono REM (Movimento Rápido dos Olhos) do início da noite.

De acordo com o Instituto, esse estágio do sono é fundamental para a manutenção das funções cognitivas, como memória, criatividade e a capacidade de aprendizado, como também proporcione bem-estar ao longo do dia. Mas sua duração também muda com a idade, já que recém-nascidos ficam muito mais tempo nessa fase do que os adultos e idosos.

Outra questão é a luz acesa à noite. A instituição recomenda reduzir a luminosidade da casa bem antes da hora de dormir. Além disso, ter dificuldade para dormir por noites seguidas pode atrapalhar a qualidade do sono a longo prazo.

Regular o sono "não é da noite para o dia"

Para regular do sono, é preciso de planejamento e "não é feito da noite para o dia", explica o psiquiatra Bruno Brandão. Em muitos casos, ele exemplica, pode levar de duas até três semanas pelo menos.

"Para regular o sono, basicamente é preciso seguir o fluxo do sol. Não necessariamente tomar sol, mas simplesmente deixar a luz entrar no ambiente em que você está", disse.

E a insônia?

Para tratar a insônia, é necessário entender suas causas, segundo o especialista. Em muitos casos, ela é apenas uma consequência de transtornos como os da ansiedade, depressão, por exemplo. Por isso, ele reitera que primeiro o quadro deve ser diagnosticado, para que ele seja tratado corretamente.

"Se precisar de tratamento com medicação, é preciso ter uma data de início e término, para não deixar o medicamento pela vida inteira", ressalta
Hábitos que devem ser evitados: ficar no quarto o dia inteiro, cochilar durante o dia, ter pouco contato com a luz, tomar café em excesso e ter contato com telas (como TV e Celular) próximo ao horário de dormir.

Buscas por ciclo do sono aumentaram no Google

O interesse de buscas por ciclo do sono estão em tendência de alta no Google Brasil após vídeos e publicações relacionadas ao tema circularem na internet. Os dados são do Google Trends Brasil.

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