Hospital São Marcos tem déficit mensal R$ 2 milhões e pede auxílio a deputados

 

Atualizada às 11h

A diretoria do São Marcos esteve reunida na manhã desta segunda-feira (08) com representantes da bancada federal do Piauí. O objetivo do encontro foi apresentar um pedido de auxílio financeiro aos parlamentares para a manutenção dos serviços de tratamento de câncer ofertados na unidade, através do Sistema Único de Saúde (SUS).

Durante a reunião, o diretor-técnico do hospital, Marcelo Martins, afirmou que o serviço de filantropia para tratamento de câncer da instituição está correndo o risco de ser interrompido. Segundo ele, o estabelecimento enfrenta um déficit de, pelo menos, R$ 2 milhões mensais e, portanto, a diretoria busca apoio junto à bancada federal para o custeio. 

“Tratamento do câncer é caro e a remuneração é quase exclusivamente federal. Então, existe a necessidade de que a bancada federal se aproxime do hospital, que o governo municipal e estadual se aproximem, para que não tenhamos a diminuição ou interrupção em casos mais extremos do atendimento de câncer da população piauiense mais carente”, declarou. 

Contratos com prefeitura e estado

Além da destinação de emendas, a diretoria do São Marcos também solicitou ajuda dos parlamentares para interlocução com a Fundação Municipal de Saúde (FMS) e  com o governo do estado. 

Segundo Marcelo Martins, a Fundação não renovou o contrato com o São Marcus 2021. O empecilho ocorreu, pois o valor oferecido pelo Poder Municipal foi inferior ao que o hospital afirma necessitar para manter o serviço. 

“Estamos sem contrato assinado desde fevereiro. A proposta enviada pela FMS não teve como ser celebrada pelo hospital porque não contemplava nenhuma remuneração adicional e sem ela o São Marcos não consegue manter o serviço”, pontuou.   O deputado Merlong Solano (PT), que esteve no encontro, pontuou que a bancada federal piauiense assumiu o compromisso de buscar interlocução junto aos poderes municipal, estadual e federal para viabilizar a liberação de recurso para a unidade médica. 

“É uma situação muito difícil, pois a tabela SUS está congelada há muitos anos e não é capaz de custear as despesas do tratamento das diversas doenças que o São Marcus atende, principalmente, aquelas de câncer. Ficou claro também a gravidade da relação do hospital com a Prefeitura, pois está sem contrato e a dificuldade de relação com o governo do estado e também da liberação de emendas”, pontuou. 

Compareceram no encontro os senadores Elmano Ferrer (Progressistas) e Eliane Nogueira (Progressistas), além dos deputados Júlio César (PSD), Fábio Abreu (PL), Merlong Solano (PT). Já os deputados Átila Lira (Progressistas), Iracema Portella (Progressistas) e Margarete Coelho (Progressistas) enviaram representantes. 

Até o final do mês de novembro os membros da diretoria terão uma nova reunião com deputados estaduais do Piauí. 

Flash Paula Sampaio redacao@cidadeverde.com